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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Villa
Beja/Beja/Baleizão
Romano
No decorrer de uma lavra em profundidade, as máquinas agrícolas trouxeram à superfície do terreno uma grande quantidade de materiais suficientemente característicos para permitir identificar uma importante estação arqueológica do período romano. Os vestígios espalham-se desde a encosta à planura. A ocupação desta villa estende-se do século I ao IV d.C. Intervencionada em 1972 (MAIA e MAIA, 1972), Conceição Lopes refere o local como ocupando "uma área de cerca de 30.000 m2". A villa é ainda referenciada por Rafael Alfenim, a propósito de uma placa funerária (ALFENIM, 1999). Os dados de 1972 definiram 4 Sectores. O Sector I (Sul) com uma sala "quadrangular, a do mosaico de esteira, e outra semicircular, a do mosaico polícromo". Cerca de 20 metros a Sul da primeira área registou-se "uma parede a 40 cm. de profundidade" e para Noroeste, paralelo ao edifício, define-se um corredor. Dois momentos são aferidos para o Sector 1. Do Sector II resulta a maior área intervencionada: uma secção do "peristilo" com um comprimento de 20 m (por 3,40 de largura), consideráveis dimensões e não totais, a Norte do qual se estenderá o pátio por escavar e suas áreas anexas. Apenas escavado o "peristillo", revestido a mosaico, e cuja cobertura era sustentada por colunas "formadas por tijolos de quadrante revestidos de estuque". A Sala A, interpretada como uma alcova e revestida a mosaico, que comunicava com a Sala C, esta uma antecâmara para o "peristillo" revestida de pedra mármore e cujo pavimento seria anterior aos mosaicos da anterior Sala (tardios séc. IV). Esta anterioridade aplica-se igualmente ao mosaico da Sala D alcova a oeste da antecâmara. Estes tinham as paredes revestidas de estuques pintados, decorados com motivos geométricos. A ocidente da sala D existem ainda mais três divisões, uma delas com vestígios de uma construção edificada sobre o "opus signinum" do pavimento e que parece ser posterior ao abandono da vila. Ao Sector III correspondem os 5 tanques, um deles com material do século I, aos "vestígios de umas antigas termas destruídas e entulhadas aquando da construção da actual vila romana que em grande parte foi construída sobre elas não nos sendo possível, por enquanto, precisar a que zona dos banhos pertencem os tanques por nós encontrados". Conceição Lopes confirma que o "peristilo escavado, apenas parcialmente nos anos setenta, deixa claro que se trata do maior até hoje escavado nas villae do sul de Portugal. Os mosaicos são variados e parecem pertencer a períodos diferentes. As escavações terão revelado uma ocupação desde o século I ao V d.C., mas uma inscrição aí encontrada recentemente parece poder fazer recuar os primórdios dessa ocupação ao final do séc. I a.C. e, talvez, atribuir-lhe um proprietário de origem itálica. Talvez um dos primeiros colonos da região" (LOPES, 2003:10).
Terrestre
Situa-se a Noroeste da estação de caminho de ferro de Baleizão.
Telhas, tijolos de coluna, pedras de construção, tanques, restos de termas, mosaicos bícromos e polícromos, moedas do século IV d.C., fragmentos de terra sigillata, ânforas e dolia.
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Mau
S - 04286, 2001/1(289), 2002/1(466), 2008/1(163) e 84/1(138)