Mangualde - Igreja Matriz de São Julião de Azurara

Sítio (2936)
  • Tipo

    Necrópole

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Viseu/Mangualde/Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta

  • Período

    Alta Idade Média e Medieval Cristão

  • Descrição

    Este sítio encontra-se a 525 m de altitude. (Marques, 2000) Em torno da Igreja de S. Julião de Azurara existe uma necrópole assente em rocha granítica relativamente suave, alvo de escavações arqueológicas por Nunes Pinto. É composta de 44 sepulturas antropomórficas (trapezoidais), dispostas lado a lado, por vezes em socalcos, segundo as irregularidades da rocha. Três túmulos são atribuíveis a jovens. Foi igualmente identificado um monólito onde se encontraram restos ósseos de uma mulher e de uma criança. Os esqueletos encontravam-se em mau estado de conservação devido à acção corrosiva dos agentes orgânicos (uns estavam incompletos, outros tinham desaparecido). Os comprimentos médios variam entre 1,70 m e 1,90 m, sendo que as sepulturas mais pequenas medem 1,10m. Encontram-se todas orientadas no sentido E-O, com a cabeça a Oeste. (Gomes e Carvalho, 1992) A escavação demonstrou a existência de uma sobreposição de enterramentos que foram responsáveis pela destruição parcial de algumas sepulturas mais antigas. Saliente-se algumas das sepulturas abertas na zona mais próxima do altar tinham paredes feitas com pequenas pedras paralelipipédicas. Na sacristia, ao ser removido o soalho, verificou-se a existência de várias ossadas à superfície e duma estrutura pétrea, que deverá tratar-se dos alicerces da anterior sacristia medieval ou de qualquer outra construção adossada ao templo. Surgiu uma estela funerária integrada no muro, apresentando as duas faces trabalhadas, com uma cruz de braços iguais. Nas imediações desta estação encontra-se a Quinta da Igreja (CNS 7278) onde foram identificados vestígios de ocupação romana. Esta localiza-se a 100 m a Noroeste da Igreja de S. Julião. (Marques, 2000) De acordo com Jorge Marques, a referência documental mais antiga sobre este local de culto data do século XII. Nas inquirições de 1258 é também encontrada uma referência ao sítio. (Marques, 2000)

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Pela C.M. 1444. Esta passa ao lado da Igreja Matriz. (Gomes e Carvalho, 1992)

  • Espólio

    Numismas medievais, uma medalha e uma estela em granito, sem indícios de outro material associado, cerâmica medieval. (Marques, 2000)

  • Depositários

    Museu Monográfico de Conímbriga

  • Classificação

    Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público

  • Conservação

    -

  • Processos

    S - 02936, 2005/1(164), 2005/1(642) e 83/1(096)

Bibliografia (14)

A Civitas de Viseu:espaço e sociedade (1997)
A Igreja de S. Julião de Azurara de Mangualde. Terras de Azurara e Tavares (1990)
Arqueologia medieval cristã no Alto Mondego. Ocupação e exploração do território nos séculos V a XI (2010)
Mangualde: Roteiro Turístico. Terras de Azurara e Tavares (1997)
Necrópole de Mangualde. Informação Arqueológica (1985)
Notas e comentários. Beira Alta (1982)
Notas sobre a necrópole medieval da Igreja Matriz de Mangualde. Mundo da Arte (1983)
O Património Arqueológico e Arquitectónico de Mangualde. (2008)
O património arqueológico do concelho de Mangualde. Terras de Azurara e Tavares (1992)
Percursos de Arqueologia. Região de Turismo Dão Lafões
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão Lafões (1994)
Sepulturas escavadas na rocha na região de Viseu (2000)
Sepulturas escavadas na rocha. Boletim Municipal O Zurão (2005)
Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal. Al-madan (2001)

Fotografias (0)

Localização