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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Mamoa
Viseu/Vouzela/Fornelo do Monte
Neo-Calcolítico
A Mamoa 1 do Vale de Anta, também conhecida por Cova da Moura, Anta do Ventoso e Mamoa da Lomba das Talhas (Girão, 1921: 47-48), encerra um dólmen simples, provavelmente aberto, com câmara de planta poligonal, alongada, com 1,80 m no eixo E-O e 1,60 m no eixo N-S composta por nove esteios dos quais se conservam oito. Enquanto que a metade oeste da câmara se apresenta conservada com quatro esteios, inteiros, imbricados e ligeiramente tombados para o interior, já à metade oposta se encontra muito desmantelada, mantendo apenas dois dos seus esteios, também inteiros, mas bastante deslocados da sua posição original, tendo estes tombado para o interior. Destaque especial para a grande dimensão do esteio de cabeceira (1,70 m de largura) que se encontra no topo oeste. De referir que existe uma grande depressão na mamoa do lado este da câmara (de violação antiga), por onde se acede. Precisamente nesse lado encontram-se visíveis os topos de duas lajes cuja funcionalidade pode estar relacionada com o sistema de acesso ao monumento ou, mais provavelmente, tratarem-se de esteios tombados. Uma delas revelou gravuras (ver abaixo, inéditas). No topo da mamoa encostada à tampa do lado este encontra-se o fragmento de um esteio, talvez do que falta. A altura máxima visível da câmara é de 0,90 m. A tampa, igualmente em granito, poisa ainda sobre grande parte dos esteios e apresenta 3 m no eixo N-S e 1,90 m no eixo E-O, tendo uma espessura média de 0,30 m, A mamoa, bem conservada, apresenta de contorno subcircular com 11m de diâmetro no eixo N-S e 12 m no eixo E-O e é constituída por pedra em granito, alguns quartzos e terra. O monumento é referido pela primeira vez por Amorim Girão que faz uma pequena escavação nada tendo encontrado ¿digno de nota, além de carvão vegetal e abundante pedaços de quartzito.¿ (idem, ibidem: 48). Na descrição que fez do monumento, refere oito e não sete esteios no interior da câmara. Efetivamente, se repararmos com atenção para a figura 6 do seu trabalho de 1921, um desenho de Rodrigues da Costa, podemos observar um esteio que aparenta estar truncado a anteceder os esteios tombados do lado este. O facto do tumulus se apresentar mais destruído neste lado, pode ter levado à sua remoção em momento posterior a 1921 e anterior ao desenho feito, na década de 60 do século XX, por Vera Leisner que já não o representa na sua planta (Leisner, 1998: 2-3, taf. I-14-22). O facto de esta autora ter erradamente denominado por Ventoso este monumento, fez com que muitos autores façam alguma confusão (idem, ibidem: 2). Convém ainda salientar que a planta de Vera Leisner apresenta o norte com uma orientação errada. Este dólmen encontra-se implantado na cabeceira de duas linhas de água. Um dos possíveis esteios tombados revelou gravuras, as quais só foi possível detetar nas prospeções após os incêndios de outubro de 2017 e, de forma definitiva, a 6 de fevereiro de 2020, aquando de vista de António Faustino Carvalho e Pedro Sobral de Carvalho ao local, data em que foi possível observar que se trata de um motivo reticulado, de geometria retangular, obtido por picotagem e talvez com abrasão para regularização dos sulcos obtidos. A sua posição original na arquitetura do monumento, que urge reconstituir em trabalhos futuros, explicaria parte do seu significado.
Terrestre
PE do Fornelo do Monte.
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Bom
2001/1(407), 2016/1(117) e 98/1(203)