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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Convento
Leiria/Leiria/Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
Moderno e Contemporâneo
O sítio denominado Antigo Convento de Santana/Antigo Mercado de Santana corresponde a um sítio do tipo convento/necrópole, cronologicamente enquadrado na Época Moderna e Contemporânea. Este sítio integra-se na zona considerada como Conjunto de Interesse Arqueológico - Núcleo Urbano do Centro de Leiria. A construção deste edifício conventual remonta a 1494, pela ação de uma dama da Casa de Bragança, D. Catarina de Castro, Condessa de Loulé. Este edifício albergava mulheres de origens nobres e burguesas que entravam como religiosas ou recolhidas, sendo a tutela do Convento responsabilidade dos frades dominicanos do Mosteiro da Batalha. Apesar de várias doações recebidas, as religiosas viviam de forma modesta, sobrevivendo à base de rendas, doações e da propriedade individual das freiras. O Convento terá tido o seu auge entre os séculos XVII e XVIII, entrando posteriormente em decadência. Foi também alvo de grande destruição e despojo aquando das invasões francesas, tendo as religiosas fugido para o Convento de Santa Joana de Lisboa. O convento acaba por ser extinto em 1880 e em 1916 o edifício é demolido para a construção de um espaço de mercado municipal, que é inaugurado em 1931 e funciona até meados do século XX. A intervenção arqueológica realizada em 1999 permitiu compreender que a criação de uma grande plataforma, para assentamento do mercado entre o sopé e o meio da encosta de terrenos barrentos sobranceiros ao rio Lis, implicou uma substancial alteração da encosta original e a destruição de algumas estruturas associáveis à cerca e a um prédio particular aí situado. O aterro, por seu turno, possibilitou a conservação de parte das ruínas do Convento de Santana e das realidades contíguas a ele associado, designadamente um anexo e parte da área agrícola ou lixeiras. Não foram encontrados níveis atribuíveis a períodos anteriores à fundação do convento. No que respeita ao espólio exumado, reportam-se numerosas e diversificadas cerâmicas (comum, vidradas, de construção, porcelanas, faianças), material osteológico não humano, material metálico, material pétreo, alguns elementos de coluna, uma bica com data de 1585 e alguns azulejos hispano-mouriscos. Em 2003 e 2004 foi realizado um novo acompanhamento em que foram descobertas estruturas arqueológicas, incluindo uma parede externa da Igreja de Santana. No exterior foi descoberta uma calçada em seixos rolados, níveis com vestígio de escória e lixos, bem como muros que deverão ter pertencido ao teatro D. Maria, que existiria em frente ao convento, e outros de eventual limite/divisão. Por cima da calçada foram recuperados os restos ósseos de vários indivíduos em fossas abertas no solo (29 enterramentos), alguns ossários e também alguns ossos dispersos, classificados como masculinos e um como feminino indeterminado. Todos os indivíduos estavam depostos em decúbito dorsal, apresentando diferentes orientações. A presença de escória, vidro, fragmentos de cerâmica, material osteológico e faunístico, no subsolo da área escavada acontece devido à passagem do leito do rio Lis e da denominada Vala Real próximo da área do Convento, até finais do século XVII: quer o rio, quer a Vala, foram recetores de linhas de água e efluentes que saiam da cidade, sendo fechados com inúmeros lixos e entulhos. A avaliar quanto à tipologia dos objetos, sua forma/uso e modo como foram encontrados, assume-se estar-se na presença de uma "lixeira" onde foram depositados vidros e cerâmicas/faianças contemporâneos (finais do século XIX/ inícios século XX). No interior do Convento, foram encontrados alguns elementos patrimoniais, embora a grande maioria tenha desaparecido. É possível que, após a sua extinção, o Convento tenha sido despojado no seu interior, tendo sido retirados os pisos, talhas, lápides sepulcrais, entre outros.
Terrestre
Entrando em Leiria vindo de Este, pela antiga estrada que liga Ourém a Tomar, EN 113. A sul da Praça Goa, Damão e Diu, fica a Rua Combatentes da Grande Guerra e a noroeste a Praça Rodrigues Lobo.
Material osteológico proveniente dos enterramentos; fragmentos de cerâmica comum e vidrada, cerâmica de construção, faiança, porcelana; fragmentos de cano em grés; fragmentos de vidro; muitos fragmentos de azulejo, estuque e argamassa; fragmentos de pedra de cantaria em calcário; material faunístico; meta.
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ZEP - Zona Especial de Protecção
Em Perigo
S - 14467, 2003/1(207) e 2004/1(199)