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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
1997-1998
Relatório Pendente
01/11/1997
30/06/1998
Intervenção científica e promoção turístico/cultural, face ao adiantado estado de degradação em que se encontrava, ameaçando ruína.
A Anta do Penedo do Com é um dólmen de tipo "clássico", orientado a SE., de câmara poligonal alargada, tendencialmente retangular, de nove esteios, estando o de cabeceira ladeado por dois mais estreitos em forma de pilar, adossados e não sobrepostos como o restante conjunto à laje de cabeceira, uma solução arquitetónica com alguns paralelos na região. O corredor, diferenciado da câmara em planta e alçado, é de dimensões médias, com quatro esteios de cada lado, adossados uns aos outros e não sobreposto. O decurso dos trabalhos revelou a existência de um poderoso contraforte que não se limitava a contornar a construção dolménica, findando junto aos primeiros esteios do corredor, mas prolongando-se para S.E em cerca de 2,80 m, definindo um novo espaço simétrico, aberto (átrio), de planta semicircular, tendencialmente ovalada. Estas estruturas fronteiras dos monumentos costumam ser precedidas de uma área de acesso a descoberto (corredor intratumular), que no caso concreto era inexistente. O átrio era delimitado a S.E por uma estrutura semicircular (fecho do átrio) com uma abertura central que servia de passagem. Resumidamente, o acesso ao interior do sepulcro era feito a partir de um espaço aberto, de planta semicircular muito bem centrado com o eixo longitudinal do sepulcro. No momento em que o monumento deixou de ser utilizado, estas estruturas terão sido totalmente obliterada com terra e algum cascalho à mistura. Quanto ao montículo envolvente, em avançado estado de degradação, ostentava uma forma tendencialmente subcircular com cerca de 15 m no sentido SE.-NW. por 13 m no sentido oposto, conservando uma espessura máxima de 1,20 m junto dos esteios laterais da câmara. O espólio exumado, permite-nos afirmar com toda a certeza, que após um primeiro momento de utilização do monumento e subsequente encerramento, o dólmen sofreu uma reutilização nos finais do Calcolítico ou nos inícios da Idade do Bronze. Na verdade, a par de artefactos tipicamente neolíticos (micrólitos, lâminas em sílex, lamelas em quartzo hialino e sílex e contas de colar em xisto e variscite) foram exumadas cerâmicas inseridas cronologicamente em períodos mais recentes da pré-história (vasos campaniformes e troncocónicos). Ainda que de momento não existam datações para a Anta do Penedo do Com, quer os testemunhos preservados quer as datações atualmente disponíveis para a região em causa, indiciam-nos a situá-lo no último quartel do IV° milénio a.C.
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Pedro Manuel Sobral de Carvalho
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