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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2002
PNTA/98 - Urbanização e Romanização no Convento Pacensis: o caso de Garvão
Relatório Pendente
07/10/2002
08/03/2003
Determinar a cronologia das estruturas postas a descoberto em 2000 e confirmar ou não a cronologia das estruturas detectadas nas intervenções de 1990-91. Escavar o máximo de área possível alcançando o substrato rochoso quando possível. Trabalhos de conservação e restauro.
O espólio recolhido, a estratigrafia detectada, bem como as estruturas identificadas contribuíram para precisar a cronologia do edifício posto a descoberto em 1990-91, bem como dos distintos momentos e fases de ocupação. Uma fase corresponde a finais da Idade Média, inícios da Idade Moderna, caracterizada pela presença de uma estrutura de carácter habitacional, muito destruída, que será de relacionar com a presença de talhas, para a contenção e o armazenamento de cereais que surgem a meia encosta. Em época Almoada, construção de um espaço doméstico, do qual apenas se conservava a zona da cozinha. Do período islâmico foram ainda detectados momentos de construção/remodelação/reformulação do espaço, difíceis de precisar cronologicamente, mas que contudo podem ser enquadrados no espaço de tempo que medeia entre o séc. IX e XI. Destaque-se a presença de duas estruturas de combustão e calefacção. Presença de uma lareira que funcionou com distintos níveis de pavimento. No interior da habitação a característica mais notável é a relativa sucessão aparentemente em um curto espaço de tempo, de pavimentos e lareiras sobrepostas. Toda esta ampla série de sequências estratigráficas correspondentes ao interior, encontram-se balizados por um fragmento de cerâmica ática de figuras vermelhas, finais do séc. V, inícios do séc. IV e por 4 fragmentos de uma campaniense A, séc. II a. C. No que diz respeito à muralha exumada, será a origem do topónimo Cerca do Adro. Apresenta um aparelho regular em xisto, incorporando grandes lajes rectangulares, ligadas por barro. O espólio recolhido nas distintas u.e.s configura um horizonte cronológico inserido dentro dos parâmetros da Segunda Idade do Ferro, período compreendido entre os finais do séc. V, inícios do séc. IV a. C. e o período romano republicano. Foram também realizados trabalhos de conservação e restauro na Cerca do Adro.
Teresa Ricou Nunes da Ponte
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