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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2000
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
04/12/2000
04/12/2000
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
Povoado fortificado de grandes dimensões, situado no topo de um grande monte, sobre a aldeia de Vilar do Monte, nos contrafortes ocidentais da serra de Bornes. Tem uma excelente implantação estratégica, dominando por completo toda a depressão de Macedo de Cavaleiros, e apresenta também óptimas condições defensivas por todos os lados. Do lado Oeste, tem como defesa natural um enorme fraguedo, de grande altura, que lhe dá o nome, e o torna inacessível por esse lado. Do lado oposto é protegido pelo vale relativamente profundo de uma pequena ribeira. É mais acessível pelos lados Norte e Sul. O topo do povoado encontra-se mal conservado, onde foi implantado um posto de observação, tendo também sido afectado pela abertura de alguns caminhos, mas de resto parece estar em bom estado de conservação, mantendo grande potência estratigráfica em algumas zonas. Do lado Sul, num corte deixado pela abertura de um caminho, observa-se um grande talude, com algumas pedras soltas, que poderão corresponder a uma linha de muralha. A ser assim, esta encontra-se a uma distância considerável do topo, deixando adivinhar que se trata de um povoado de grandes dimensões. De resto, o matagal e a floresta que cobrem grande parte deste sítio não deixam observar com clareza qual seria o seu sistema defensivo. Do lado Norte, numa plataforma em esporão à cota de 845 metros, observam-se ainda numerosos materiais cerâmicos de superfície, sendo natural que o povoado se estenda até aqui, fazendo deste um povoado de dimensões superiores ao normal. Por toda a área se encontram numerosos materiais de superfície, avultando os fragmentos de cerâmica manual, enquadrável na Idade do Ferro. Não existem vestígios de tegulas ou de cerâmica comum romana, mas aparecem alguns fragmentos de cerâmica a torno, indicando uma ocupação medieval deste local. Por fim, virado a Poente, na base da Fraga dos Corvos, existe um abrigo que tem vestígios de ocupação. Foi parcial e ilegalmente escavado por pessoas da aldeia de Vilar do Monte, o que lhe afectou irremediavelmente parte da estratigrafia, embora nem toda a terra tenha sido removida. O material exumado pertence na sua maioria à Pré-História Recente, mas parecem existir fragmentos de cerâmica da Idade do Ferro e Idade Média. Um pouco adiante deste abrigo existe uma plataforma, abrigada pela rocha a pique da fraga, que apresenta derrubes de pedra. Por cima, foram abertos alguns buracos na rocha que poderão ter servido como suporte de traves para cobertura desta plataforma.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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