Relocalização/Identificação (2001)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    17465

  • Tipo

    Relocalização/Identificação

  • Ano do trabalho

    2001

  • Projeto

    Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros

  • Estado

    Outros

  • Data de Início

    12/06/2001

  • Data de Fim

    12/06/2001

  • Objetivos

    Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros

  • Resultados

    Povoado fortificado de grandes dimensões, sobranceiro à ribeira da Ferradosa, na margem esquerda. Ocupa o topo de um cabeço aplanado, de vertentes bastante suaves e acessíveis, excepto a Oeste, onde enfrenta a ribeira, e parcialmente a Norte. Quase todo o cabeço é intensamente agricultado, excepto alguns talhões, e nestas duas últimas vertentes, onde precisamente se encontram os únicos vestígios evidentes de fortificações. Na encosta Norte, é evidente uma linha de muralha a meia encosta, e parece haver uma primeira logo no rebordo superior do cabeço a qual, por sua vez, é evidente na encosta Oeste. São assim pelo menos duas as linhas de muralha deste povoado. As suas faces não são visíveis, sendo detectadas pelos taludes formados pelos seus derrubes. Nas restantes encostas, as de acesso mais facilitado, não são claramente visíveis quaisquer muralhas, o que poderá dever-se à acção da agricultura, e ao facto de a zona onde presumivelmente existiriam estar coberta de mato. O recinto interno é uma vasta plataforma plana. Os materiais de superfície distribuem-se por toda a área, com maior concentração no sector Noroeste. À excepção de um fragmento perdido de telha de meia cana, todos os materiais se enquadram numa cronologia da Pré-História Recente, provavelmente do Calcolítico e Idade do Bronze. Como é natural, os materiais aparecem essencialmente nas zonas lavradas mas, embora com alguma abundância, não são assim tantos que façam suspeitar uma destruição generalizada causada pela agricultura. Os solos parecem ter, aliás, boa potência estratigráfica. O material mais abundante é a cerâmica, destacando-se pela ausência a cerâmica decorada. Quanto a líticos, não se encontrou qualquer elemento de mó manual ou artefactos de pedra polida. Aparecem numerosos seixos, inteiros ou fracturados, de quartzito ou quartzo, e algumas lascas de quartzito. Materiais líticos claramente talhados, apenas uma grande lámina de silex castanho claro. O silex é de razoável qualidade, a lámina está partida no topo, tendo um aspecto tosco, e não está retocada

  • Responsável

    Mário Rui Oliveira dos Reis Soares

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)