Relocalização/Identificação (2002)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    18133

  • Tipo

    Relocalização/Identificação

  • Ano do trabalho

    2002

  • Projeto

    Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros

  • Estado

    Outros

  • Data de Início

    01/10/2002

  • Data de Fim

    01/10/2002

  • Objetivos

    Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros

  • Resultados

    Povoado fortificado de médias dimensões, localizado num cabeço em esporão no flanco Oeste da Serra de Faro, sobre o vale do rio Tua. Tem uma boa implantação estratégica, dominando um grande troço do vale do rio, e boas condições defensivas naturais, com pendentes elevados dos lados Norte e Sul, complementados por afloramentos que formam muralhas naturais. As extremidades Leste e Oeste do cabeço tem inclinações menos elevadas e são menos rochosas, formando acessos naturais, nomeadamente a partir do lado Leste, por onde se forma um colo de acesso. O topo do cabeço forma uma plataforma alongada no sentido Leste-Oeste, interrompida a meio por um grande e destacado afloramento quartzítico. O povoado encontra-se ocupado por um denso matagal de giestas e estevas, e existem também alguns palheiros e muretes recentes, o que dificulta bastante a interpretação dos vestígios existentes, mas sobre o colo de acesso a Leste nota-se a existência de um derrube de muralha, a qual delimita uma plataforma até ao afloramento. É difícil dizer se a muralha circunda totalmente o povoado, mas notam-se trechos de derrube dos lado Sul e Norte, e a muralha volta a reaparecer do lado Oeste. Aqui, na extremidade do povoado, sobre o acesso menos favorável, parece definir-se uma entrada em cotovelo, com uma segunda linha de muralha a reforçar a defesa, assim como um possível torreão. No centro do povoado encontra-se o grande afloramento quartzítico, o qual parece ter sido utilizado como acrópole. No sopé Leste e Norte do afloramento encontra-se um anel de pedras de derrube, as quais aparentemente terão pertencido a uma estrutura existente na zona mais alta do afloramento, onde actualmente nada é visível. Este derrube continua para os lados Sul e Oeste do afloramento, onde se nota a existência de estruturas adossadas ao afloramento e que sobem para plataformas no seu meio. Parece assim ter existido um conjunto diverso de estruturas em cima e no sopé do grande afloramento na zona central do povoado. Na zona Oeste do povoado, entre o afloramento e a entrada, foi possível encontrar alguns fragmentos de cerâmica manual da Idade do Ferro

  • Responsável

    Mário Rui Oliveira dos Reis Soares

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)