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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2003
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
26/08/2003
26/08/2003
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
Povoado fortificado de grandes dimensões, localizado num cabeço em esporão pouco destacado, com deficientes condições defensivas naturais, mas com uma boa implantação estratégica na zona planáltica em que se insere. Apresenta um complexo sistema defensivo, com torreão, 3 linhas de muralha, parapeito, eventual fosso, e campo de pedras fincadas. Tem um grande torreão sobre a principal zona de acesso, a Nascente, do qual arranca para ambos os lados a linha de muralha interna, que define um grande recinto ovalado, com cerca de 120 metros no eixo maior e 60 metros no menor, e apresenta pelo menos duas entradas, a Nascente e a Poente. A muralha externa rodeia também o povoado por todos os lados. Do lado Nascente passa a curta distância do torreão, e acompanha a muralha interna a curta distância por todos os lados excepto do lado Nordeste, onde se afasta em asa, definindo uma plataforma de grandes dimensões entre as muralhas interna e externa. A terceira linha de muralha encontra-se apenas do lado Sul, o mais vulnerável, sendo uma linha de muralha intermédia entre as linhas interna e externa. Arranca do torreão a Nascente, e junta-se à muralha interna a Poente. Do lado Nascente, adjacente à linha de muralha externa, e em frente ao torreão, encontra-se um campo de pedras fincadas, mal conservado. Também nesta zona, estendendo-se para o lado Sul, há uma depressão no terreno que tem sido interpretada como fosso, ainda que haja algumas dúvidas nessa atribuição. Do lado Sul, sobre o caminho de acesso, encontra-se um quarto talude de pedras e terra, que não parece ser propriamente uma muralha, mas que poderá ser um parapeito. É no exterior deste parapeito, no sopé Sul e Sudoeste que se encontram à superfície materiais de época romana e/ou medieval, sobretudo tegulas. Também aqui se encontram 3 rochas com covinhas e sulcos, e o que parece ser um tabuleiro de jogo. No interior do povoado, apenas no recinto interno se encontram mais vestígios, que consistem nuns 4 ou 5 densos derrubes de forma circular, esparsamente dispersos pelo recinto, acompanhados de algumas cerâmicas manuais da Idade do Ferro. A referência bibliográfica mais antiga sobre este sítio, de Celestino Beça, refere a existência de uma "fortaleza romana" onde está a capela de Santa Cristina, em Lama de Ouriço. Actualmente, não se conhece nenhuma capela de Santa Cristina, e este topónimo refere-se a um cabeço vizinho da Murada, onmde não há vestígios arqueológicos. Assim, a "fortaleza romana" será de certeza a Murada, e é provável que o topónimo Santa Cristina esteja deslocado, podendo talvez aludir a uma antiga capela no sítio da Murada, que indicaria uma ocupação medieval deste sítio.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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