Relocalização/Identificação (2003)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    13237

  • Tipo

    Relocalização/Identificação

  • Ano do trabalho

    2003

  • Projeto

    Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros

  • Estado

    Outros

  • Data de Início

    24/09/2003

  • Data de Fim

    24/09/2003

  • Objetivos

    Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros

  • Resultados

    Povoado fortificado de grandes dimensões, localizado num amplo mas pouco destacado relevo em esporão sobre uma pequena ribeira. Esta ribeira rodeia o povoado pelos lados Oeste e Norte, e uma outra pequena linha de água subsidiária da anterior passa pelo lado Leste do sítio, o que lhe reforça consideravelmente as condições de defesa natural, dado que as encostas do esporão são suaves e pouco elevadas, tirando do lado Norte. Também não tem uma grande posição estratégica, pois tem pouca amplitude visual em redor, mas insere-se numa zona de solos férteis e profundos, de boa aptidão agrícola. O lado de acesso vulnerável é a Sul, e é aqui que se concentra o sistema defensivo. Começa por um profundo fosso, que cobre todo o lado Sul e todo o lado Oeste, tornando-se progressivamente menos profundo à medida que se afasta do acesso. Não há vestígios visíveis de fosso dos lados Norte e Leste. A seguir ao fosso surge a primeira linha de muralha, que aparece como um notório e elevado talude de terra e pedras. Esta primeira linha rodeia integralmente o povoado, definindo-lhe uma vasta plataforma interna, de forma aproximadamente rectangular, com cerca de 200 por 150 metros. Dada a vulnerabilidade do acesso pelo lado Sul, a defesa foi aí reforçada com um segundo fosso depois da primeira linha de muralha, menos profundo que o primeiro, ao qual se segue uma nova linha de muralha, definida por um talude memnos alto e notório que o da primeira muralha. Estes segundo fosso e muralha desenvolvem-se exclusivamente do lado Sul, reforçando internamente a defesa. O interior do povoado degfine-se em função de uma linha dorsal superior, que se estende de Sul para Norte, dividindo o povoado em duas zonas de suave declive. A zona dos fossos encontra-se ocupada por mato, mantendo-se de forma geral em bom estado de conservação, enquanto que interior se divide em terrenos baldios e ocuipados por mato e terrenos cultivados com castanheiros. Aqui, onde os solos são regularmente lavrados e apresentam boa visibilidade, é notória a grande escassez de materiais de superfície, o que poderá indicar uma grande profundidade dos solos e uma boa conservação da estratigrafia. Para alérm de algumas telhas muito recentes, que deverão vir junto com as estrumagens, foi possível observar dois tipos diferentes de materiais: cerâmicas manuais, claramente da Idade do Ferro, e cerâmicas cinzentas com marcas de roda, de cronologia medieval.

  • Responsável

    Mário Rui Oliveira dos Reis Soares

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)