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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2003
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
13/10/2003
13/10/2003
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
Povoado fortificado de grandes dimensões, localizado no topo de uma imponente crista quartzítica, sobranceira à ribeira de Lila e à aldeia de Veiga de Lila. Tem uma excelente implantação estratégica, dominando visualmente um amplo troço de planalto e do vale da ribeira de Lila. As condições defensivas naturais são apenas razoáveis, pois se é verdade que o lado Sudoeste é inacessível, apresentando uma falésia sobre a ribeira de quase 100 metros de altura, os restantes lados apresentam vertentes suaves e pouco rochosas. O acesso natural faz-se pelo lado Norte. O sistema defensivo compõe-se de duas linhas de muralha, que rodeiam o povoado por todos os lados excepto no lado Sudoeste, onde são substituídas pela falésia. A plataforma superior do povoado, definida pela muralha interna, tem um comprimento de quase 200 metros por uma largura de aproximadamente 70 metros, e foi quase completamente destruída pelas construção do santuário e respectivo terreiro, o qual eliminou a estratigrafia arqueológica e afectou grandemente a muralha, embora esta ainda seja visível. Esta muralha interna arranca junto à falésia no extremo Sul do povoado, segue pela linha de cumeada ao longo do lado Leste, e deveria fechar o lado Norte nas imediações da capela, embora aqui a muralha esteja quase integralmente destruída. A 2ª linha de muralha arranca no mesmo ponto da 1ª, no extremo Sul junto à falésia, e segue a uma cota inferior ao longo da encosta Leste, indo fechar o lado Norte cerca de 60/70 metros abaixo da 1ª linha. O comprimento total do povoado é pouco inferior a 300 metros, e a largura máxima ronda os 170 metros. O espaço entre muralhas é integralmente ocupado por um olival, regularmente lavrado, e onde se encontram à superfície numerosos materiais arqueológicos. Em quase todo este espaço intermédio, estes materiais são exclusivamente cerâmicas manuais da Idade do Ferro. No entanto, também no espaço intermuralhas, no acesso Norte, numa mancha de dispersão relativamente curta, encontram-se também numerosas tegulas e cerâmicas romanas, o que parece indicar uma retracção da ocupação na época romana.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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