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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2003
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
19/11/2003
19/11/2003
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
O topónimo Prado designa uma vasta zona agrícola no sopé Noroeste da Serra da Castanheira. Dentro desta área apareceu em 1933 uma lápide funerária paleocristã, acompanhada de um fuste de coluna. Foi possível localizar com precisão o local do achado, pois embora o achador seja já falecido, o achado e as suas circunstâncias são ainda bem conhecidos da população de São Martinho do Peso. Apareceram em trabalhos agrícolas, tendo sido detectados pelo arado, ou seja, encontravam-se enterrados no solo. Aparentemente, lápide e coluna estavam uma ao lado da outra. O local onde apareceram é uma zona baixa, conhecida por Cova, ao lado de uma pequena linha de água. Encontra-se totalmente agricultada, e oferece muito boa visibilidade. É notório que os solos são muito profundos, e apesar de à superfície aparecerem cerâmicas, sobretudo pequenos fragmentos de telhas de meia cana, estas aparentam ser muito recentes, não devendo ter relação com o achado. Há referências ao aparecimento na zona do Prado de materiais arqueológicos antigos, relacionáveis com o achado, e que poderiam indicar a existência de um habitat, mas a prospecção que efectuamos tanto na zona do achado como nos campos agrícolas em redor não revelou a presença de materiais antigos, pelo que não conhecemos a localização do povoado relacionado com o achado. A lápide funerária deu entrada no museu de Bragança. É de granito, está intacta, e revela um trabalho de excelente qualidade. Mostra em relevo a figura a corpo inteiro de uma mulher, certamente a repesentação da falecida. A inscrição diz: PROTHEUS FECIT / THURESMUDE UXO / RI SUE OBIIT IPSA / SUB DIE VIII KL JA / NUARIAS ERA DCLXXIII. É assim datável do ano 635. A coluna, erradamente referida pelo abade de Baçal como sendo de granito, andou perdida pela aldeia de São Martinho do Peso, tendo sido agora localizada, e deverá ser recolhida pela Junta de Freguesia. É na realidade uma coluna de mármore, intacta, com 1,22 metros de altura. A total ausência de vestígios no local correlacionáveis com o achado não permite saber se este estava ou não em contexto arqueológico, mas a grande profundidade dos solos no local e o facto de coluna e lápide terem aparecido juntos e bem enterrados no solo sugere a forte possibilidade de estarem efectivamente in situ. As características e a excelente qualidade da lápide sugerem que as pessoas referidas deveriam ser ricas e importantes, provavelmente proprietários de uma villa. A associação da coluna, para mais de uma material nobre e raro como o mármore, com a lápide funerária sugere por seu lado que no local do achado ou nas imediações poderá haver uma igreja paleocristã. Algures nas proximidades ficará certamente a villa ou habitat correlacionado, ainda por identificar.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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