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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2003
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
05/11/2003
05/11/2003
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
Habitat aberto de grandes dimensões, sobranceiro ao rio Douro, numa suave encosta virada a Sul, ocupada com vinha e olival. A zona do habitat é claramente delimitada por quatro conjuntos diferenciados de afloramentos rochosos, densamente cobertos por mato. Três destes conjuntos localizam-se na parte superior do sítio, delimitando a zona ocupada por vinha. O maior e mais importante dos quatro conjuntos de afloramentos localiza-se na parte Sul e inferior do sítio, tendo um olival no sopé. É um cabeço grande, arredondado, de topo aplanado. Todos estes quatro conjuntos de afloramentos estão preenchidos por abrigos, palas e plataformas abrigadas, com destaque para o quarto cabeço, que reúne excelentes condições de habitabilidade. Será provavelmente aqui que se refere a existência de abrigos com cerâmicas, assim como um abrigo com possíveis fossetes, ainda que esta última referência seja duvidosa. O denso matagal que cobre todos os quatro conjuntos de afloramentos dificulta uma adequada observação, e apenas num abrigo no cabeço maior se observou um fragmento de cerâmica, que aparenta afinidades com as cerâmicas observadas na zona agricultada. Nesta zona, delimitada pelos quatro conjuntos de afloramentos, e que tem uma vasta extensão, com mais de 300 metros de comprimento e quase outro tanto de largura, encontram-se abundantes fragmentos de cerâmica, espalhados por toda a área, mas com maior concentração no olival no sopé do cabeço rochoso de maiores dimensões. São cerâmicas manuais, de pastas escuras e arenosas, aparecendo diversos fundos planos. As suas características apontam para o Bronze Final/Idade do Ferro, e a tipologia do sítio torna provável que este seja um habitat do Bronze Final. Apesar do topónimo, não há qualquer indicação da existência de muralhas, e o topónimo Cerca parece simplesmente aplicar-se a um antigo muro de propriedade que rodearia o local. É muito provável que todos os quatro conjuntos de afloramentos, com destaque para o maior do lado Sul, tivessem ocupação nos numerosos abrigos e plataformas que apresentam, devendo essa ocupação ser coeva da restante ocupação na zona agricultada, tal como parece indicar o único fragmento de cerâmica encontrado, mas não é de excluir que possa haver aqui uma ocupação anterior, não observada nos materiais de superfície da zona agricultada.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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