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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2003
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
07/11/2003
07/11/2003
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
A igreja de São Fagundo é um antigo templo medieval, hoje arruínado e coberto de mato. Tem uma construção de boa qualidade, mas as paredes estão reduzidas a pouco mais que os alicerces. É uma igreja simples, com nave e capela-mor, em que o portal frontal e o arco triunfal da capela-mor se mantém intactos. O portal de entrada é em arco de volta perfeita, provavelmente românico, enquanto que o arco triunfal é já um arco gótico. O interior da igreja apresenta-se coberto do derrube das paredes e de matagal. Na nave encontra-se o fragmento de um sarcófago de granito, com a cabeceira partida. A igreja está situada na parte superior de um pequeno vale, bastante aberto e abrigado, com excelentes solos agrícolas. O abade de Baçal refere que nas imediações da igreja haveria umas 10 ou 12 sepulturas escavadas na rocha, de contornos ovalados, que actualmente não são visíveis, não se sabendo se estão destruídas ou soterradas. Na periferia deste vale encontram-se outras duas necrópoles, uma localizada cerca de 150 metros a Leste, e outra cerca de 100 metros a Norte da Igreja. O abade de Baçal refere que a uns 300 metros de distância haveria restos de fortificações. Poderá eventualmente referir-se a um cabeço existente a Sul da igreja, conhecido como Cabeço da Moreirinha, que apresenta boas condições de implantação e um largo muro de propriedade na entrada, mas que não revelou quaisquer vestígios arqueológicos. Por outro lado, na envolvência da necrópole e da rocha com arte rupestre a Leste da igreja, há restos de antigas casas e muros, de época indeterminada, podendo talvez ser a isto que se aplica a referência. Por todo o vale, numa alargada extensão de terreno, encontram-se abundantes materiais de superfície, essencialmente telhas de meia cana e cerâmicas comuns. Alguns materiais são certamente medievais, mas algumas das cerâmicas poderiam ser romanas. Não se encontrou um único rebordo de tegula, mas apareceram alguns fragmentos, pequenos e muito gastos, de telhas planas, que poderiam eventualmente ser também romanos. Assim, não há evidências claras de ocupação romana neste sítio, mas a existência dessa ocupação é possível e até plausível, tendo em conta as características do local e alguns achados aqui feitos. O abade de Baçal refere o aparecimento de moedas romanas. Na igreja foram recolhidas duas estelas funerárias romanas, que deram entrada no museu de Bragança, sem que saiba exactamente a sua proveniência. É possível que venham da necrópole situada a Norte da igreja, onde apareceram diversas sepulturas de lajes, de cronologia exacta desconhecida.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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