Relocalização/Identificação (2003)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    5604

  • Tipo

    Relocalização/Identificação

  • Ano do trabalho

    2003

  • Projeto

    Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros

  • Estado

    Outros

  • Data de Início

    19/11/2003

  • Data de Fim

    19/11/2003

  • Objetivos

    Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros

  • Resultados

    Povoado fortificado de médias dimensões, localizado num cabeço em esporão sobre o rio Angueira, em frente ao castelo de Algoso. Tem uma excelente implantação estratégica, e razoáveis condições defensivas naturais, pois se dos lados Norte e Leste descai em falésia para o rio, dos lados Sul e Oeste é facilmente acessível. O cabeço integra uma grande crista quartzítica, aqui cortada pelo rio Angueira, e que corre no sentido Sul-Norte. Ao contrário do que é referido, apenas se nota a existência de uma linha de muralha. A Leste, o povoado é delimitado pela parede rochosa, que forma uma muralha natural, mas que terá sido ainda reforçada pela construção de uma muralha, que correria ao longo de toda a linha superior da crista rochosa, do extremo Sul ao extremo Norte do povoado, o que é visível pela existência de um amplo derrube de pedras ao longo de toda a parede, tanto no interior como no exterior do povoado. Do lado Sul, o mais acessível, a muralha nota-se apenas por um talude discreto, que arranca da parede rochosa, rodeia o povoado por Sul e segue pelo lado Oeste, até fechar o recinto no extremo Norte, no fim da parede rochosa. Deste lado a muralha, bem visível por um amplo derrube de pedras, aproveita também uma linha de afloramentos, que corre também no sentido Sul-Norte, e delimita o espaço do povoado. O interior do povoado divide-se em duas partes distintas. A Sul, temos um recinto inferior, amplo e aplanado, de difícil observação devido ao matagal que o cobre. Este recinto é delimitado do lado Norte por um alargamento da crista quartzítica para o interior do povoado, formando um estrangulamento do espaço interno do povoado, sensívelmente a meio, que forma um colo de acesso estreito a uma plataforma superior, estreita e alongada de Sul para Norte. Os amplos derrubes nesta zona do estrangulamento parecem indicar que este colo de acesso estaria fortificado, talvez com um torreão adossado às rochas, ou a uma curta linha de muralha. É precisamente nesta zona que se encontram quase todos os materiais de superfície do povoado, compostos por diversas cerâmicas manuais da Idade do Ferro. Apesar das muralhas estarem mal conservadas, sobretudo pela extracção de pedra, o interior do povoado aparenta um bom estado de conservação, com boa potência estratigráfica.

  • Responsável

    Mário Rui Oliveira dos Reis Soares

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)