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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2003
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
23/12/2003
23/12/2003
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
O Castelo de Travanca localiza-se num cabeço em esporão sobre a confluência de uma pequena ribeira com a ribeira da Travanquinha, estando na periferia Norte da aldeia de Travanca, tendo algumas casas já dentro da área do povoado. Tem uma deficiente implantação estratégica, com uma reduzida amplitude visual em redor, e apresenta razoáveis condições defensivas naturais, descaindo em falésia do lado Norte e tendo vertentes inclinadas para as ribeiras dos lados Leste e Oeste. O acesso natural faz-se pelo lado Sul, onde hoje está a aldeia. As características do local tornam quase certo de que se trate de um povoado fortificado, mas hoje já não há vestígios de muralha, nem memória na população local da sua existência, e deverá ter sido ao longo dos tempos integralmente desmantelada para usar as pedras para construção. A parte superior do cabeço é uma acrópole rochosa, com diversas plataformas pelo meio, e onde existe pelo menos uma rocha com arte rupestre. É sobretudo do lado Leste, na encosta virada à ribeira da Travanquinha, que se encontram alguns escassos vestígios arqueológicos. Esta zona é ocupada por socalcos, com oliveiras e outras culturas. À superfície aparecem numerosos fragmentos de telha de meia cana, na sua maioria de cronologia muito recente, mas encontrou-se também um ou outro fragmento de cerâmica comum a torno, de aparência medieval, e um fragmento de cerâmica manual, de pasta escura e interior brunido, claramente proto-histórico. Em cima de uma rocha, muito perto do rochedo com gravuras, encontram-se dois fragmentos de mós de rodízio de granito, de tipologia romana ou medieval. É de destacar a ausência de claros vestígios de época romana, pelo que é possível adiantar dois períodos distintos de ocupação deste sítio, a Idade do Ferro e a Idade Média. A ocupação medieval está certamente relacionada com a aldeia de Travanca, cuja igreja é claramente de origem medieval. Dado que na igreja foi também encontrada uma inscrição romana, é provável que neste período a ocupação se tenha deslocado do cabeço do Castelo para a zona baixa onde está a aldeia, mas não há para já evidências seguras desse facto.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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