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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2003
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
30/12/2003
30/12/2003
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
Povoado fortificado de pequenas dimensões, localizado num cabeço em esporão sobre uma pequena ribeira. Tem uma fraca implantação estratégica, com um reduzido campo visual em redor, mas tem boas condições defensivas naturais tendo todos os lados rodeados pela ribeira e com declives elevados, excepto do lado Oeste, onde se situa o colo de acesso. Actualmente, este povoado insere-se dentro da aldeia de Saldanha, sendo o cabeço que forma a extremidade Nordeste da aldeia, significativamente designado por Torre. É também quase certo que as antigas referências bibliográficas que mencionam o sítio do Castelo se aplicam a este sítio, apesar de esta designação ter caído em desuso. Apesar do seu estado de conservação ser necessáriamente mau, e da sua observação estar bastante dificultada, restam ainda alguns vestígios das diferentes fases de ocupação do sítio. Os vestígios mais evidentes são os medievais, a começar pela igreja de Saldanha, que fica dentro da zona do povoado, e é claramente de origem medieval. No quintal de uma casa, localizada também dentro do povoado, perto da zona de acesso no princípio da vertente Sul, encontra-se um poço, que pela tipologia deverá ser medieval, podendo ser uma pequena cisterna. Toda a zona do topo e do acesso ao cabeço está ocupada pelas casas e ruas da aldeia, pelo que nada se observa à superfície. As vertentes Oeste e Sul são bastante inclinadas e rochosas, e também aí não se vislumbram vestígios. Já a vertente Norte tem menor declive, e é possível observar alguns vestígios estruturais e materiais. Descendo obliquamente a encosta, desde a zona de acesso a Oeste até terminar abruptamente junto às falésias no extremo da vertente Norte, nota-se claramente a existência de um elevado talude, correspondente a uma linha de muralha, como se observa num corte feito pela abertura de um caminho. Neste mesmo caminho são abundantes os materiais de superfície. Encontram-se cerâmicas manuais, geralmente brunidas e de pastas escuras, claramente da Idade do Ferro. Aparecem também tegulas e cerâmicas comuns romanas, e algumas cerâmicas cinzentas a torno, que deverão ser medievais. A sequência de ocupação é assim bastante clara, e a existência de ocupação de época romana é uma novidade em relação ao que se conhecia. É assim muito provável que as inscrições da igreja de Saldanha possam provir daqui, nomeadamente a conhecida ara votiva de um veterano da VII legião, enquanto que a necrópole da capela de Santa Marinha poderá talvez ser a necrópole deste povoado, do qual está mais próximo do que do habitat do Lombo do Ouro.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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