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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2003
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
30/12/2003
30/12/2003
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
A capela de Santa Marinha é de traça moderna, sem elementos arquitectónicos visíveis que mostrem uma origem antiga, ainda que esta seja provável. Sendo o culto de Santa Marinha de origem medieval, é possível que a capela possa remontar a essa época, mas é de salientar que algumas referências antigas às inscrições romanas desta capela, nomeadamente as feitas pelo abade de Baçal, a designam de capela de Santa Bárbara, não se sabendo se por erro ou não. Por outro lado, é notório que a capela foi erguida nos terrenos de uma importante necrópole romana, que forneceu grande número de inscrições funerárias, todas de mármore ou calcário. Algumas estavam reaproveitadas na capela, e outras apareceram em obras no adro em 1987, onde surgiu o que é referido como "inúmeras estelas funerárias", muitas delas fragmentadas, tendo algumas dado entrada na Sala Museu de Mogadouro. Há alguma incerteza quanto ao número total de inscrições daqui provenientes. A capela situa-se no alto de uma pequeno e suave cabeço à entrada da aldeia de Saldanha, numa posição algo destacada e com vista directa para os dois habitats romanos vizinho, a Torre de Saldanha, que está logo ao lado, e o habitat do Lombo do Ouro, um pouco mais distante, e é possível que a necrópole tenha servido ambos os povoados. A primeira referência a este sítio é feita pelo abade de Baçal, referindo duas inscrições, uma possível estela funerária com uma inscrição: CAPITO / MARITVS / P, que se encontra actualmente no interior da capelana base do arco triunfal, e outra que se encontra ainda no cunhal do lado direito da porta de entrada da capela, com a inscrição: ...AM... / NILLAE / ANNO L / M SVLP / FLAVO / UXORI SAN / TISSIMAE. No outro cunhal do lado esquerdo da porta de entrada encontra-se outra inscrição: D M S / CORNELIAE / FLAVINAE / UXORI / ANNORVM XXXV / M. Por debaixo desta inscrição, também aproveitadas no cunhal, encontram-se outras duas pedras de mármore, que seguramente serão também estelas funerárias, mas cuja inscrição não está visível. No pavimento da capela encontrava-se uma outra estela, entretanto levantada e guardada na sacristia. Está fragmentada em cima e em baixo. Em cima tem restos de uma roda de seis raios curvos. Por baixo do campo epigráfico aparece uma figura de cervídeo fêmea, voltada à direita. Tem inscrição incompleta: ... / ...[P]LACIDINAE / AN XXXV. Ainda na sacristia está uma outra estela, aparecida nas obras do adro. Tem cabeceira semicircular, decorada com roda de seis raios curvos. Está fracturada lateralmente a todo o comprimento, e a cabeceira foi recentemente partida, conservando-se juntamente com o resto do corpo. Por baixo do campo epigráfico aparece uma figura de cervídeo fêmea, voltada à direita, muito semelhante à que aparece na inscrição anterior, e provavelmente obra do mesmo lapicida. A inscrição diz: TVRACA[E] / FLACCINAE / AN XXV. Outras 3 estelas aparecidas no adro são referidas por Sande Lemos, estando guardadas no museu de Mogadouro. Uma está fragmentada e já sem inscrição, outra é anepígrafa, e outra só tem um resto de inscrição, interpretada da seguinte maneira: D M / LAVS... Em relação a esta última, é de realçar a semelhança da inscrição com a que está referida como tendo aparecido algures a poente da aldeia de Saldanha (CNS 19595), e que estava desaparecida, sendo possível que seja a mesma.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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