Relocalização/Identificação (2004)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    4253

  • Tipo

    Relocalização/Identificação

  • Ano do trabalho

    2004

  • Projeto

    Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros

  • Estado

    Outros

  • Data de Início

    18/02/2004

  • Data de Fim

    18/02/2004

  • Objetivos

    Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na Extensão de Macedo de Cavaleiros.

  • Resultados

    Relocalizou-se o castelo de São Romão.O sítio tem vindo a ser referido como um castro da Idade do Ferro com uma ocupação posterior durante o período da romanização do território barrosão. No entanto, nenhum elemento material nos permitiu atestar tal hipótese cronológica. A tipologia do assentamento revela características mais condizentes com um castelo roqueiro medieval. Os vestígios estruturais centram-se numa reduzida plataforma que coroa o promontório. È aqui que estão patentes os restos de uma estrutura, realizada à base de pedra aparelhada, que poderá ter correspondido a uma portentosa torre. È ainda nesta plataforma que se detecta com alguma facilidade pequenos alinhamentos e uma estrutura de planta quadrangular escavada no afloramento rochoso. Sobre o lado norte e oriental o promontório cai em arriba, o que faz dispensar qualquer construção de carácter defensivo. O complexo de amuralhamento que estrutura a respectiva arquitectura de defesa, assenta numa linha de muralha que corre sobre o lado oeste e sul. Os elementos vestigiais dessa estrutura são revelados por uma ténue linha de alinhamentos de derrubes que se articulam, a sul, com uma via que vem culminar na porta de entrada do reduto. A zona habitacional deve ter-se estruturado na base do outeiro, ao longo dos flancos, oeste, sul e leste, tendo-se aproveitado, em alguns casos, a grande quantidade de monólitos graníticos que formam uma espécie de barreira de defesa, estruturada de forma natural. Por toda a área se dispersa uma grande quantidade de silhares, detectando-se com alguma frequência negativos e encaixes de estruturas já desaparecidas. A prospecção de superfície apenas permitiu detectar fragmentos cerâmicos de tipologia inequivocamente medieva. Há ainda referências à recolha de mós e de uma moeda do reinado de D. Fernando ( Fontes, 1978:19). O Castelo de São Romão de Perafita aparece identificado nas inquirições de 1258 com o reguengo real de S. Romanus.

  • Responsável

    António Luís Pereira

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)