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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2004
Relatório Aprovado
01/08/2004
10/09/2004
a) Aceder a fases de ocupação cronologicamente mais antigas, designadamente sob a U.E. [225], situada a área correspondente ao pórtico (29) - para Norte da ala Norte do peristilo -, e terminando a intervenção nesta zona que teve início em 1998. b) Resolução de questões pontuais de leitura da planta na área do corredor norte do peristilo (4) e do compartimento 21. c)Alargamento para Sul da área de escavação junto da entrada da fornalha, para realizar fundamentalmente a remoção integral do derrube [324] e tentar compreender o significado das estruturas [320] e [323] identificadas parcialmente na campanha anterior; Houve objectivos que foram completamente alcançados, havendo outros que foram apenas parcialmente atingidos, pelo que se projecta para o futuro a continuação dos trabalhos de modo a que o possam ser integralmente, sobretudo no que diz respeito ao discriminado na alínea c).
A 13ª campanha de escavações arqueológicas prosseguiu no Sector A, como já se referiu, na área do pórtico, correspondente à U.E. [225], na ala norte do peristilo e do corredor [21], com vista a terminarmos definitivamente os trabalhos nestes pontos, objectivos esses que foram atingidos. Foi efectuada ainda uma sondagem numa fossa existente no pavimento do canto sudeste do ninfeu. Prosseguiu-se também a intervenção no Sector B, no terreno contíguo ao anteriormente escavado em 2003. Nesta área procedeu-se à ampliação deste sector para Sul da divisão 12, num total de 27 m2 . Assim a área total já escavada na villa romana da Quinta das Longas ascende a 1553 m2. Na área sob o pórtico a leitura estratigráfica é mais complexa, muito embora a campanha de 2004 tenha possibilitado uma recolha sistemática de dados que permitem já avançar com uma reconstituição integral dos vários momentos de ocupação e funções dos espaços identificados. A potência estratigráfica no Sector B é bastante considerável, cerca de 1,60 m. (no ponto de cota mais alta), sendo porém de fácil leitura, uma vez que identificámos além da camada humosa, apenas estruturas Baixo-Imperiais e a camada de abandono. Os três objectivos acima referidos correspondem também a três espaços físicos distintos, que passamos a desenvolver: a) aceder a fases de ocupação cronologicamente mais antigas, designadamente sob a U.E. [225], situada a área correspondente ao pórtico (29) - para Norte da ala Norte do peristilo -, e terminando a intervenção nesta zona que teve início em 1998. Ao longo de várias campanhas procedemos à escavação da área compreendida entre o espelho de água (7), a Oeste, a ala norte do peristilo (4), a Sul, o ninfeu (23), a Nascente, e o talude junto à Ribeira de Chaves, a Norte. Esta área, que correspondia na época baixo-imperial a um pórtico, possuía um pavimento assente sobre uma espessa camada que compactava todos os estratos de época anterior. Este pórtico possuiria uma colunata de seis ou sete colunas, muito possivelmente, feitas com tijolos, das quais se conservam as bases paralelipipédicas de granito , que suportava um telhado, provavelmente, de apenas uma água. Os construtores da villa baixo-imperial devem ter encontrado já esta área parcialmente entulhada, tendo realizado apenas o necessário nivelamento. Só assim se explica que algumas das bases das colunas tenham sido implantadas sobre muros de construções preexistentes, enquanto outras foram colocadas directamente sobre a camada de enchimento. Do mesmo modo, a U.E. [42] - o muro que remata os compartimentos a Norte do peristilo - resulta do acrescento de um muro da VILA I. Na escavação deste local foi possível observar em corte estas bases a assentar na camada de enchimento calçadas por pequenas pedras e fragmentos cerâmicos. De notar ainda que foi possível identificar no empedrado os restos de uma canalização, de orientação Norte-Sul, feita em tijoleira. A unidade estratigráfica, que designámos por [225], foi intervencionada desde 1998 até à presente campanha. Essa espessa e vasta camada, composta pelo entulhamento e regularização de toda esta ampla área que se destinava a receber o pavimento do pórtico, sobrepunha-se a realidades alto-imperiais. Este conjunto de estratos corresponde essencialmente a camadas de estruturas antigas, de ocupação e abandono, e de enchimento para o nivelamento do pavimento do pórtico. Na escavação desta área foi possível identificar, ao longo das cinco campanhas, uma série de materiais arqueológicos próprios de uma zona de armazenamento e transformação da produção agrícola, tais como: grandes contentores de transporte, alfaias agrícolas e cerâmica diversa. Esta constatação remete para o facto de em época alto-imperial ter existido nesta área um conjunto de compartimentos que faziam parte, muito provavelmente, da pars rustica e/ou fructuaria da villa, à qual acresce o tipo de divisões identificadas e das estruturas relacionadas com áreas para recolhas de líquidos.
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António Manuel Gonçalves Carvalho e Maria José de Melo Henriques de Almeida
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