Relocalização/Identificação (2004)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    20556

  • Tipo

    Relocalização/Identificação

  • Ano do trabalho

    2004

  • Projeto

    Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros

  • Estado

    Outros

  • Data de Início

    08/10/2004

  • Data de Fim

    08/10/2004

  • Objetivos

    Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros

  • Resultados

    Este sítio tem sido referido como sendo um povoado fortificado, embora sem nunca serem especificadas as suas características. Apenas João Vaz de Amorim refere explicitamente a existência de uma muralha, sem acrescentar mais detalhes. A zona do topónimo Crasto localiza-se a cerca de de 3 km a Sudoeste de Paradela, sobre a margem direita da ribeira do Torneiro, ocupando uma área de apreciável extensão, com dois ou três pequenos e pouco destacados cabeços rochosos, e as depressões entre eles. O limite Norte da zona do topónimo é um pequeno e pouco elevado cabeço, de topo aplanado e pontuado por variados afloramentos graníticos. Aqui, a população local refere a existência de um possível lagar escavado na rocha, descrito como tendo um tanque de forma circular ou ovalada, unido por canal de escoamento a uma lagareta. Não conseguimos encontrar esta estrutura, não sendo possível ter certezas sobre a sua real existência, mas poderá acontecer que esteja oculta por terra e mato. Na vertente Oeste deste mesmo cabeço encontra-se sim uma pequena pia rectangular escavada na rocha, num grande afloramento granítico de superfície aplanada e pouco destacado do solo. Não está associada a mais nenhum vestígio aparente, e a sua função é desconhecida. No entanto, tem uma forma, tamanho e profundidade muito semelhantes aos entalhes laterais de assentamento de estruturas que se encontram frequentemente nos lagares escavados na rocha desta região, e tendo em conta que o afloramento onde se encontra tem um tamanho e forma perfeitamente adequados para a construção de um destes lagares, é possível que esta pia fizesse parte de um lagar cuja construção, por alguma razão, não chegou a ser terminada. De resto, não se encontraram mais vestígios arqueológicois na zona, mas é de assinalar que a prospecção foi impossível de realizar na maior parte da zona do topónimo, devido ao denso e impenetrável matagal que cobre quase toda a área, sem caminhos intermédios, e incluindo dois pequenos cabeços sobre a ribeira, que apresentam aparentemente boas condições de implantação, sendo assim possível que possa haver efectivamente uma ocupação antiga nesta zona, fortificada ou não, talvez relacionada com estes dois possíveis lagares escavados na rocha.

  • Responsável

    Mário Rui Oliveira dos Reis Soares

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)