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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Relocalização/Identificação
2004
Relocalização, identificação e inspecção de sítios pela Extensão do IPA - Macedo de Cavaleiros
Outros
18/11/2004
18/11/2004
Relocalizar e avaliar o estado de conservação dos sítios na extensão de Macedo de Cavaleiros
Povoado fortificado de pequenas/médias dimensões, localizado num cabeço em esporão sobre a aldeia de Loivos e a ampla veiga da ribeira de Oura, sobre a qual tem um excelente domínio visual e estratégico. Apresenta razoáveis condições defensivas naturais, com declives acentuados no lado Oeste, para a aldeia de Loivos, e do lado Sul, por onde lhe passa no sopé uma pequena ribeira afluente da ribeira de Loivos. Já os lados Nascente e, sobretudo, o lado Norte, são mais vulneráveis, estando neste último lado o colo do esporão e o acesso natural ao povoado, e concentrando-se aqui o principal esforço em estruturas defensivas. A observação e interpretação das estruturas e características do povoado são actualmente bastante difíceis, por diversas razões: toda a área do povoado se apresenta coberta de mato e floresta, nalguns pontos bastante densa, sobretudo nos lados Norte e Oeste; as encostas Oeste e Sul do cabeço, incluindo parte do interior do povoado, apresentam múltiplos socalcos abandonados; os derrubes das estruturas defensivas foram parcialmente desmantaladas em alguns pontos para aproveitamento de pedra. Na entrada do povoado do lado Norte, mesmo ao lado da estrada municipal entre as aldeias de Loivos e Matosinhos, encontram-se dois fossos escavados na rocha, com um talude elevado a meio. O mais exterior prolonga-se ainda pelo flanco Leste, e o mais interior restringe-se à zona da entrada, juntando-se rapidamente ao outro. Ainda sobre o lado Norte, sobranceiro aos fossos, parece haver vestígios de um monumental torreão, cuja existência se adivinha pela altura e disposição dos derrubes nesta zona. Deste torreão arranca a linha de muralha do povoado, bem visível pelo seu potente e elevado derrube, que o rodeia por todos os lados, formando um recinto oval, com dimensões aproximadas de 130 metros no eixo Norte/Sul, e uns 70 metros no eixo Leste/Oeste. Supomos que as referências bibliográficas à existência de uma segunda linha de muralha se apliquem à peculiar situação que se observa no flanco Leste. Aqui, numa extensão de uns 50 metros, encontram-se efectivamente duas linhas de muralha perfeitamente paralelas, e a extracção de pedra dos seus derrubes permite observar perfeitamente as faces interna e externa de ambas as muralhas. No entanto, tem a particularidade rara, quase única, de ter um intervalo entre elas que não deverá ultrapassar um metro. Assim, estas duas linhas não formam uma plataforma habitável entre elas, mas sim o que pensamos ser um estreitíssimo e profundo corredor de acesso ao povoado. No interior do povoado não encontramos materiais de superfície, mas há notícia do aparecimento de cerâmicas manuais da Idade do Ferro, escórias de ferro e mós manuais e de rodízio. Não encontramos evidências de romanização no interior do povoado, mas há referências ao aparecimento de tegulas, e encontram-se duas pequenas manchas distintas de materiais de superfície de época romana na encosta Oeste do cabeço, ambas no exterior da zona muralhada.
Mário Rui Oliveira dos Reis Soares
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