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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2003
EDIA - (Bloco 15) Ocupações Medievais e Modernas na Margem Esquerda do Guadiana
Relatório Pendente
03/11/2003
18/12/2003
A intervenção visou o conhecimento da planta do edifício do Convento e a caracterização da ocupação desde a ermida tardo-medieval ao abandono no séc. XIX. Dado o curto período de tempo disponível para a intervenção, optou-se por uma escavação em área, com excepção das sondagens 2, 3 e 4 nas quais foi, ainda que parcialmente, atingido o solo geológico. Na restante área, a intervenção privilegiou a definição em planta do complexo religioso. Uma vez que a rápida subida das águas do regolfo de Alqueva não permitia qualquer extensão do prazo de intervenção, julgou-se ser esta a melhor estratégia para recolha de informação.
Os trabalhos arqueológicos centraram-se no núcleo central principal, que abrangia a igreja e parcialmente os anexos contíguos a Norte. As estruturas colocadas a descoberto revelam uma construção extensa e complexa, distinguindo-se uma área de culto associada a contextos funerários e outra mais funcional, ligada aos espaços de vivência diária da comunidade. Cronologicamente, estes vestígios enquadram-se maioritariamente com a utilização do edifício a partir dos finais do séc. XVII, tendo-se comprovado uma ocupação anterior relacionada com a ermida dos finais do séc. XIV / início do séc. XV. Ainda que não tenha sido possível caracterizar em termos construtivos esta ocupação mais antiga, já que a intervenção se desenvolveu em área e não em profundidade, sabemos que à ermida estaria associada uma necrópole, conforme o demonstra o enterramento da sondagem 2 e muito possivelmente, a sepultura antropomórfica escavada na rocha da sondagem 4. Aliás, as datações obtidas para os enterramentos, mesmo com as reservas que algumas nos colocam, fazem crer que a utilização deste espaço permaneceu funerária até à construção do convento, passando então a integrar a nave da igreja. A julgar pela reutilização das sepulturas escavadas, os enterramentos neste local devem ter sido em número significativo e não se limitariam à comunidade monástica, uma vez que se registam indivíduos do sexo feminino. Segundo a descrição de Túlio Espanca , a primitiva ermida de arquitectura gótica estava integrada no Convento como presbitério, ou seja, junto à capela-mor e terá ruído na década de 20 do século passado. Infelizmente, a área intervencionada correspondente à sondagem 5 e 6, onde se situaria a capela-mor, não revelou qualquer vestígio que pudéssemos associar com segurança a esta primeira construção.
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Heloísa Isabel Ribeiro Valente dos Santos e Paula Cristina Martins Barreira Abranches
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