Escavação (2001)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    14511

  • Tipo

    Escavação

  • Ano do trabalho

    2001

  • Projeto

    PNTA/98 - Levantamento arqueológico de Murça e área adjacente à Ribeira de Lila

  • Estado

    Relatório Aprovado

  • Data de Início

    07/04/2001

  • Data de Fim

    20/04/2001

  • Objetivos

    Entendimento da estrutura arquitectónica e ritual do monumento. A metodologia a seguir adaptou-se estreitamente a este objectivo; recolha de amostras de elementos carbonizados susceptíveis de, conjuntamente com amostras de outras estações da região, forneceram indicações sobre a vegetação natural, neste tipo de monumento procuram-se sempre e também, como é natural, evidências de comportamenos rituais relacionados com a manipulação do fogo; conservação do monumento e sua eventual "preparação" para ser visitado pelo público, caso as estruturas exumadas o permitissem.

  • Resultados

    Foram conseguidos todos os objectivos embora se encontre ainda incompleta a protecção do monumento. Trata-se de um monumento de forma subcircular, levemente alongado no eixo W-E. Tem 15,2 m. no eixo N-S e 16,5 m. no eixo W-E. A mamoa foi construída em dois momentos sucessivos, començou por ser construída pelo lançamento e acumulação de terra argilosa de cor amarelo claro que originou a primeira colina artificial de contorno subcircular e de perfil semicircular. Num segundo momento a base do montículo foi rodeada (e possivelmente coberta) de fogo intenso. Sobre as cinzas, mas sobretudo as brasas vivas, foram sendo colocadas algumas pedras, as mesmas que definem o arco de couraça esterior. A câmara apresenta uma intensa e profunda violação, apesar foi possivel identificar as "fossas" de assentamiento dos esteios. Trata-se de uma câmara poligonal alargada com 3,40 m. de eixo maior (N-S) por 2,5 m. de eixo menor (E-W). Abre-se a nascente através de um corredor pétreo formado por 6 esteios (in situ) e, no prolongamento deste, surge o corredor intratumular. A câmara seria formada por 9 esteios, sendo a laje de cabeceira de maiores dimensões que os restantes esteios. Foi criada uma "fronteira" ou divisória entre a zona terminal da câmara e o corredor através da colocação, na vertical de duas pequenas lajes e uma terceira laje já situada na câmara propriamente dita. Estas lajes apresentam uma forma e um contorno que levam a pensar tratarse de estelas apesar de anepígrafas.

  • Responsável

    Maria de Jesus Sanches

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)