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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Estudo de Espólio
2007
PNTA/2005 - Povoamento e economia do Algarve Central e Oriental no período romano
Relatório Aprovado
01/01/2007
31/12/2007
Selecção, lavagem , classificação e estudo do conjunto de cerâmica proveniente das escavações de 1977 e depositado no Museu Nacional de Arqueologia. O estudo do conjunto cerâmico de Balsa tem, como objectivo reconhecer a evolução do perfil de consumo de terra sigillata e a distribuição cronológica deste tipo de ccerâmica em balsa. Pretendia-se igualmente o perfil de abastecimento de produtos alimentares transportados em ânforas procurando conhecer nos diferentes períodos, desde finais do século I a.C. até aos séculos VI-VII, quais foram os principais mercados que abasteceram a cidade algarvia. A possibilidade de comparar o padrão de importações principais de Balsa com o que se regista em outras cidades algarvias, como Castro Marim e Faro, permite compreender a sua hierarqueia e o papel que teve nas diferentes fases do período romano.
Estudou-se um conjunto de 242 ânforas das quais 23 fragmentos tinham já sido objecto de publicação por parte de C. fabião(1994, p-17-36). Do conjunto analisado, cerca de 43,9% pertencem ao pereíodo do Baixo Império, valor que é ligeiramente superior para o período Alto Imperial. A percentagem de importações é muito elevada em ambos os períodos, ascendendo no Alto Império a 93,4%. Destas, são as importações de preparados piscícolas oriundos da vizinha Província da Bética que dominam embora a percentagem de ânforas que transportaram vinhu/defrutum correspondam a uns expressivos 27,9%. Tratam-se de importações de áreas bastante diversificadas como a Península Itálica, o Mediterrâneo Oriental e a Gália, mesmo se a maior parte dos produtos de uva têm origem na Bética, no vale do Guadalquivir. A importação de azeite, com a mesma origem é uma realidade da Cidade de balsa, testemunhada pelas ânforas de tipo Dressel 20. As ânforas norte africanas, concretamente oriundas do golfo de Hammamet fazem a sua aparição nos mercados balsenses ainda durante este período. As produções ânfóricas locais/regionais são relativamente pouco expressivas neste período. O quadro de importação ânfórico modifica-se de forma significativa durante o períod tardo-romano quer quanto aos produtos que abastecem a cidade, quer relativamente à sua origem. Assiste-se a um maior peso das ânforas que transportaram preparados piscícolas lusitanos no ambito local/regional, por um lado, e à ascenção das importações com origem no Norte de África, por um lado. Neste último caso, para além de preparados piscícolas, estas ânforas transportaram também azeite da actual Tunísia. Apesar do que foi expresso, o peso das importações de preparados piscícolas oriundos da região costeira da Bética mantém-se bastante significativo.
Catarina Ferrer Dias Viegas Taveira
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