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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Sondagem
2006
Relatório Aprovado
14/11/2006
21/12/2006
Esta intervenção arqueológica localizada na vertente Oeste do cabeço da Granja, Crato, ocorreu no contexto de execução das medidas de minimização de impactes sobre o património arqueológico, face às obras de reformulação do sistema de abastecimento de águas. Nesta fase o objectivo da nossa intervenção arqueológica consistiu em escavar todos os sedimentos e realidades identificadas até ao substrato geológico e caracterizar a ocupação humana ocorrida neste sítio, a sua diacronia e os seus contextos histórico ¿ culturais. Assim, e tendo em atenção a informação já disponível, os trabalhos arqueológicos tiveram como principal objectivo, numa primeira fase, avaliar a potencialidade arqueológica da área a ser afectada pela obra.
A necrópole associada à Villa Romana da Granja insere-se cronologicamente, a partir dos séculos III e IV d.C., sendo esta cronologia tão vasta, fundamentalmente baseada em estudos tipológicos para recipientes cerâmicos (recolhidos durante a escavação arqueológica). Neste sentido a interpretação das características construtivas e tipológicas das sepulturas, da sua análise espacial e estratigráfica, permitiu que se estabelecessem três fases distintas na utilização e abandono do espaço definido pela necrópole: A primeira fase corresponde à implantação de sepulturas de fossas simples escavadas na rocha que subsiste no século I até ao século VII d.C., algumas delas com sinais de abandono e / ou violação anteriores à nossa intervenção (Sepulturas 2, 4, 7, 8 e 9). Na segunda fase de ocupação integrámos as sepulturas estruturadas com a aplicação de ladrilhos (lateres) na elaboração dos sepulcros. Esta tendência parece ter-se difundido, essencialmente, a partir de inícios do século IV em associação com as práticas de inumação (Sepulturas 1, 3 e 6). A terceira fase corresponde à evidência estrutural (Sepultura 5) associada a uma profunda transformação na mentalidade no que diz respeito ao modo como se lida como o mundo dos mortos. A escavação da sepultura de inumação esteve a cargo da Dr.ª Teresa Ferreira (antropóloga). A fragmentação do material osteológico dificultou bastante a sua análise. De acordo com os estudos antropológicos (Ferreira, 2006) apontam para um indivíduo adulto, talvez do sexo masculino (?). Esta sepultura é eventualmente, enquadrável a partir de inícios do século IV.
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Rui Pedro Pires Lourenço e Sandra Clélia Rosa dos Santos
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