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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Sondagem
2008
Relatório Pendente
01/02/2008
01/03/2008
A intervenção executada teve como principais objectivos a caracterização da muralha e do cais da cidade na perspectiva de uma eventual valorização destes vestígios a levar a cabo no âmbito da ¿Requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos¿ da responsabilidade da edilidade de Lagos. Estas estruturas subsistiram em parte até à década de 40 do séc. XX a cota positiva, altura em que devido às obras de construção da Avenida da Guiné foram desmanteladas e aterradas.
Os trabalhos efectuados resultaram na identificação de um conjunto de estruturas de cronologias e tipologias diversas, que aqui se sucederam no tempo. As sondagens abertas na que foi designada como área 1 permitiram a identificação de uma série de vestígios de época contemporânea e moderna, todos eles relacionados com a Cerca Nova, aqui preservada. Durante época moderna, e conforme poderíamos antever através da análise da planta de Massai, o acesso fluvío-marítimo à cidade fazia-se primeiro através de um cais e depois através de duas portas. A primeira destas portas, a da Ribeira, seria servida por um lajeado em calcário, constituído por lajes de grandes dimensões, apenas preservado junto à porta, numa área de 2X1 metros. Este lajeado, seguiria eventualmente até à Porta da Dizíma. Contudo, o aterro sucessivo desta área em época moderna e contemporânea, e a construção de diversas estruturas e pavimentos, motivou a sua destruição, pelo que apenas no lado interno da Porta da Dizima, voltamos a encontrar um pavimento lito-tipo e funcionalmente semelhante a este. De referir que ambas as portas se encontram articuladas com o pano de muralha aqui existente, desenhando à semelhança do que se observa na cartografia antiga, uma espécie de ante-câmara da cidade, onde aportavam as diversas embarcações que chegavam a Lagos. Se o carácter de cais vai subsistir até pelo menos à década de 40 do séc. XX conforme o atestam as fotografias existentes desta área, já estas portas serão ainda durante a modernidade ou nos alvores da contemporaneidade encerradas e anuladas. As cotas vão sendo alteradas, surgindo um novo cais sobre o primeiro, constituído por duas rampas com orientações diversas. Uma primeira rampa constituída por grandes lajes de calcário, mais larga e menos inclinada, espraia-se até à ribeira, articulando-se com uma segunda, orientada a Norte, mais inclinada e revestida por uma argamassa hidráulica. Esta segunda rampa encosta à muralha, que parte daqui em direcção à Messe Militar.
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Maria João de Sousa Neves e Mónica Patrícia Gomes de Almeida e Silva Corga
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