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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Sondagem
2009
Subconcessão do Douro Interior - Lote 3 e 5 - Troço Pocinho/Longroiva
Relatório Aprovado
15/12/2009
30/04/2010
Realização de sondagens manuais e mecânicas de diagnóstico para identificação e caracterização do estado de conservação de eventuais contextos arqueológicos e escavação dos níveis e ou estruturas arqueológicas identificadas.
A intervenção arqueológica no sítio da Quinta da Lamieira 2 começou com o objectivo principal de verificar a existência de contextos arqueológicos conservados in situ, de cronologia romana. De facto, no decorrer das prospecções arqueológicas efectuadas no âmbito do RECAPE do Lote 3 da Subconcessão do Douro Interior, observou-se à superfície do solo, uma mancha, de dimensão média, de fragmentos de cerâmica de construção romana (tegulae e imbricae) e fragmentos de telha e de recipientes de uso comum de cronologia moderno/contemporânea. Contudo, os trabalhos desenvolvidos neste local, distribuídos por várias etapas e metodologias genéricas diferentes (sondagens mecânicas e manuais) demonstraram a ausência de níveis de ocupação romana e contribuíram para o registo de quatro fossas escavadas no subsolo, de cronologia pré-histórica (neo-calcolítico). O primeiro facto pode ser explicado pelo transporte de materiais romanos e moderno/contemporâneos das proximidades, quer contidos em terras eventualmente depositadas no terreno, quer arrastados sucessivamente, pelas máquinas agrícolas, dos sítios romanos conhecidos nas imediações. O nível de ocupação pré-histórico deste local é caracterizado pela existência de quatro fossas, de pequenas dimensões, e genericamente concentradas num espaço reduzido. É certo que este habitat deverá ser maior e prolongar-se por toda aquela plataforma anexa à ribeira da Concelha, devendo corresponder a um pequeno sítio aberto (não há indícios topográficos de qualquer estrutura cercada construída em altura, do tipo muro ou muralha, nem a sua implantação é propícia aos cercados abertos no subsolo, do tipo vala), implantado numa zona baixa, relativamente aplanada, e junto a uma importante linha de água. No interior das fossas recolheram-se materiais arqueológicos, cuja tipologia (cerâmica geral com ausência de bordos, fragmentos de mó manual, percutor, machado reutilizado como percutor, lascas de quartzo) poderá ser atribuída a qualquer momento da pré-histórica recente, designadamente neolítico - calcolítico. Assim, sem uma análise detalhada da forma/dimensão/funcionalidade dos elementos de moagem (quer os dormentes, quer os moventes) e, sobretudo, sem datações absolutas, não é possível determinar o/s momento/s de ocupação deste povoado. Sem materiais que possam ser usados como "fosseis indicadores" ou sem contextos arqueológicos conservados associados, como é caso do bordo com cordão plástico decorado, que pode ter paralelos em contextos calcolíticos, recolhido na UE 21, optou- se por propôr uma periodização abragente para a Quinta da Lamieira 2: Neo-Calcolítico.
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João Carlos Castelo Branco Soares Albergaria e Pedro Machado da Costa Florentino Peça
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