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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2010
Relatório Aprovado
02/08/2010
27/08/2010
Confirmar as referências arqueológicas do local e enquadrar cientificamente os vestígios conhecidos e o espólio disperso anterior; determinar a extensão, natureza, conologia e qualidade desses vestígios. Pôr a descoberto as estruturas amtigas existentes e determinar a sua funcionalidade em cada época. Determinar a relação das estruturas e vestígios arqueológicos do castelo com o Rio Douro e com a antiga rede viária existente na periferia. Determinar a relação dos vestígios do castelo com outros existentes nas imediações.
Os trabalhos tiveram lugar em dois diferentes pontos daquele sítio arqueológico: no topo do Castelo (sector A) e num areal a Poente, junto ao rio Douro (sector P). Neste último sector, as duas sondagens realizadas, que ainda não foram concluídas, não proporcionaram por enquanto a identificação de níveis arqueológicos de ocupação, mas apenas estratos de abandono e aterro, com grande quantidade de espólio arqueológico tardo-antigo e medieval. No sector A, onde os depósitos de cobertura são pouco profundos ou inexistentes, a intervenção permitiu localizar mais de uma centena de entalhes feitos na rocha, quer do tipo conhecido como "buracos de poste", quer aplanamentos e outro género de interfaces, para além de restos de muretes em pedra relativamente frustres, não permitindo por enquanto uma cabal interpretação da natureza das construções que aí existiram. De acordo com os estudos e conclusões preliminares a cronologia geral de ocupação do sítio situar-se-á entre os séculos IV e VII, podendo nesse período ter existido na área de Favaios uma estrutura portuária ou de atracagem, considerando a diversidade e quantidade de espólio ali encontrada e um conjunto de grandes pedras trabalhadas ao modo romano detectadas nas proximidades. Pela mesma época o topo do morro do Castelo pode ter tido uma estrutura fortificada, para defesa do porto contíguo, estando ainda em aberto a possibilidade de neste local elevado a ocupação humana antiga se ter estendido até depois do século VII ou ter existido uma reocupação do período da Reconquista Cristã (séculos IX-XI), considerando algumas cerâmicas medievais de aspecto mais tardio ali encontradas.
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António Manuel dos Santos Pinto da Silva, Filipe Manuel Soares Pinto, Joaquim António Gonçalves Guimarães e Laura Cristina Peixoto de Sousa
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