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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2011
EIA - Subsistema de Pedrógão - Estação Elevatória e Circuito Hidráulico de Pedrógão
Relatório Aprovado
14/03/2011
01/04/2011
O trabalho teve por base os resultados do relatório de prospeção aqueológica em conformidade com a EDIA (dono de obra) e com o IGESPAR que definem a realização de trabalhos arqueológicos de diagnóstico no sítio do Monte do Poço Seco 2 no âmbito das medidas de minimização do impacte do projeto do Circuito Hidráulico do Pedrógão. Os trabalhos arqueológicos tiveram como principal objetivo a aplicação de medidas preventivas de minimização do impacto da obra (construção de uma conduta enterrada) sobre o património arqueológico e garantir a respetiva salvaguarda mediante o registo científico adequado.
Os trabalhos de escavação revelaram uma estratigrafia muito homogénea e constante com uma profundidade máxima de 0.60m, evidenciando revolvimentos nos depósitos de topo. No que se refere aos contextos arqueológicos preservados foi identificado um complexo edificado, praticamente reservado às fundações, que abrange uma área de cerca de 105m2 (na área escavada de 137,5m2). A área de dispersão de materiais arqueológicos aliada à tipologia das estruturas identificadas em Monte do Poço Seco 2 remete-nos para um horizonte habitacional de características muito rústicas com uma dimensão considerável assente numa actividade produtiva aparentemente pouco expressiva patente na recolha de moventes de granito, em um peso de tear e nos inúmeros fragmentos de dollia. Os trabalhos de escavação até agora efetuados correspondem a uma área reduzida, tendo em consideração a área mais ampla de dispersão dos vestígios arqueológicos, razão pela qual a informação disponível é muito fragmentária. Face ao exposto, os dados obtidos e o que se conhece da planta desta área edificada não nos permite caracterizar o modelo arquitetónico adoptado nem esclarecer de forma definitiva a sua funcionalidade, sendo as hipóteses de interpretação agora apresentadas passíveis de alteração em futuras investigações. Em termos cronológicos pode afirmar-se com relativa segurança que a estação conheceu uma ocupação lata e possivelmente ininterrupta entre o século I e o século IV/V, embora a grande maioria dos materiais datáveis apontem para uma ocupação especialmente intensa na transição entre o século I e II ocorrendo o seu abandono em momento coetâneo ou posterior ao século IV.
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Ana Maria Duarte Santos Gonçalves e Maria Cidália Gonçalves de Matos
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