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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Prospeção
2010
Relatório Aprovado
01/09/2009
30/09/2009
Garantir a conservação física das ruínas da barragem romana da Fonte Coberta, através do acompanhamento arqueológico dos trabalhos de desmatação em seu redor. A partir do momento em que a estrutura foi posta a descoberto procedeu-se a uma limpeza mais pormenorizada com o objectivo de registar e caracterizar esta antiga infra-estrutura hidráulica.
Os trabalhos contemplados nesta intervenção desenvolveram-se em duas fases distintas, embora consecutivas: (a) Desmatação da área envolvente da barragem com recurso a meios mecânicos; (b) Limpeza manual da estrutura e respectivo registo. Através da desmatação e limpeza da área da barragem pôs-se a descoberto, não só o paredão dessa infra-estrutura hidráulica, como também um edifício mais recente anexado à sua face externa, junto ao limite Sul da mesma. Os trabalhos de desmatação e limpeza permitiram confirmar genericamente as características que já lhe haviam sido atribuídas pelos diversos autores que a ela se referiram. Ainda assim, convém recordar que a sua orientação segue genericamente a orientação NE-SO e que, do ponto de vista tipológico se trata de uma estrutura de planta rectilínea, com secção transversal rectangular, construída com pequenos blocos de pedra fortemente ligados por uma argamassa de cal e areia, uma técnica desenvolvida em época clássica e conhecida por opus caementicium. A sua construção foi realizada através de várias enchimento sucessivos, conforme se pode apreciar em algumas zonas do alçado onde é possível distinguir as diversas fases desse método construtivo. Nas áreas que preservam a face desta estrutura é possível identificar alguns negativos do que parecem ser tábuas dispostas na horizontal, que, provavelmente, formariam parte do sistema de cofragem montado para a sua edificação. Nestas mesmas áreas aferiu-se que a largura máxima deste aparelho alcançava os 2,8m. A limpeza da estrutura permitiu verificar que, actualmente, a estrutura apresenta uma altura máxima de 2.37 m, alcançada junto ao seu limite Sul, sendo que no segundo troço esse índice não ultrapassa 1,30 m. Uma vez que não é expectável que, no decorrer do século passado, a estrutura tenha vindo a ser destruída a partir do topo, o desfasamento revelado pelos vários autores que a estudaram relativamente ás cotas da antiga albufeira, só poderá ser explicado pelo rápido e progressivo assoreamento da área antigamente ocupada pelo espelho de água.
João Carlos Castelo Branco Soares Albergaria
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