Escavação (2011)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    14200

  • Tipo

    Escavação

  • Ano do trabalho

    2011

  • Projeto

    PNTA/2010 - Programa de Investigação Arqueológica e Valorização Cultural do Complexo Arqueológico do Castelo de Crestuma - Vila Nova de Gaia

  • Estado

    Relatório Aprovado

  • Data de Início

    01/08/2011

  • Data de Fim

    26/08/2011

  • Objetivos

    Na área do sector A pretendeu-se concluir trabalhos que ficaram pendentes da campanha anterior e alargar a superfície da área escavada, de modo a corroborar e/ou rectificar algumas das prespectivas interpretativas para o sítio, tendo em vista o reconhecimento de novos vestígios que permitam esclarecer a localização, fisionomia e função das estruturas que outrora ali existiram. No sopé do castelo (sector P) a campanha visou alargar a zona intervencionada, tendo em vista a melhor compreensão do contexto crono-estratigráfico da área.

  • Resultados

    Os trabalhos tiveram lugar em dois diferentes pontos do sítio arqueológico: no tipo do castelo (sector A) e num areal a Poente, junto ao rio Douro (sector P). Neste último sector, as sondagens realizadas não proporcionaram por enquanto a identificação de níveis arqueológicos de ocupação, mas apenas estratos de abandono e aterro, com grande quantidade de espólio arqueológico tardo-antigo e medieval. No sector A, onde os depósitos de cobertura são pouco profundos ou inexistentes, a intervenção tem permitido localizar várias centenas de entalhes feitos na rocha, quer do tipo conhecido como "buracos de poste", quer aplanamentos e outro género de interfaces, para além de restos de muretes em pedra relativamente frustes, não permitindo por enquanto uma cabal interpretação da natureza das construções que ai existiriam. De acordo com os estudos e conclusões preliminares a cronologia geral de ocupação do sítio situar-se-á entre os séculos IV e VII, podendo nesse período ter existido na área de Favaios uma estrutura portuária ou de atracagem, considerando a diversidade e quantidade de espólio ali encontrado e um conjunto de grandes pedras trabalhadas ao modo romano detectadas nas proximidades. Pela mesma época o topo do morro do Castelo pode ter tido uma estrutura fortificada, para defesa do porto contíguo, estando ainda em aberto a possibilidade de neste local elevado a ocupação humana antiga se ter estendido até depois do século VII ou ter existido uma reocupação do período da Reconquista Cristã (séculos IX-XI), considerando algumas cerâmicas medievais de aspecto mais tardio ali encontradas.

  • Responsável

    Joaquim António Gonçalves Guimarães

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)