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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2011
Relatório Aprovado
01/08/2011
26/08/2011
Na área do sector A pretendeu-se concluir trabalhos que ficaram pendentes da campanha anterior e alargar a superfície da área escavada, de modo a corroborar e/ou rectificar algumas das prespectivas interpretativas para o sítio, tendo em vista o reconhecimento de novos vestígios que permitam esclarecer a localização, fisionomia e função das estruturas que outrora ali existiram. No sopé do castelo (sector P) a campanha visou alargar a zona intervencionada, tendo em vista a melhor compreensão do contexto crono-estratigráfico da área.
Os trabalhos tiveram lugar em dois diferentes pontos do sítio arqueológico: no tipo do castelo (sector A) e num areal a Poente, junto ao rio Douro (sector P). Neste último sector, as sondagens realizadas não proporcionaram por enquanto a identificação de níveis arqueológicos de ocupação, mas apenas estratos de abandono e aterro, com grande quantidade de espólio arqueológico tardo-antigo e medieval. No sector A, onde os depósitos de cobertura são pouco profundos ou inexistentes, a intervenção tem permitido localizar várias centenas de entalhes feitos na rocha, quer do tipo conhecido como "buracos de poste", quer aplanamentos e outro género de interfaces, para além de restos de muretes em pedra relativamente frustes, não permitindo por enquanto uma cabal interpretação da natureza das construções que ai existiriam. De acordo com os estudos e conclusões preliminares a cronologia geral de ocupação do sítio situar-se-á entre os séculos IV e VII, podendo nesse período ter existido na área de Favaios uma estrutura portuária ou de atracagem, considerando a diversidade e quantidade de espólio ali encontrado e um conjunto de grandes pedras trabalhadas ao modo romano detectadas nas proximidades. Pela mesma época o topo do morro do Castelo pode ter tido uma estrutura fortificada, para defesa do porto contíguo, estando ainda em aberto a possibilidade de neste local elevado a ocupação humana antiga se ter estendido até depois do século VII ou ter existido uma reocupação do período da Reconquista Cristã (séculos IX-XI), considerando algumas cerâmicas medievais de aspecto mais tardio ali encontradas.
Joaquim António Gonçalves Guimarães
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