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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2012
Relatório Aprovado
05/10/2012
11/01/2013
No âmbito do Plano de Pormenor para a Quinta do Almaraz, a Câmara Municipal Almada lançou um Concurso Público para a realização de um conjunto de sondagens arqueológicas de diagnóstico do potencial científico e estado de conservação do sítio arqueológico do Almaraz, em Vias de Classificação como Imóvel de Interesse Público. O objectivo principal desta intervenção foi, como definido no Caderno de Encargos, permitir a "validação das propostas existentes, a minimização de eventuais impactos do Plano e a elaboração dos pareceres respectivos pela Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do tejo (DRCLVT) e IGESPAR", agora Direcção Geral do Património Cultural (DGPC). Na prática, a prossecução dos objectivos propostos implicou a realização: De um conjunto de 13 sondagens arqueológicas em duas áreas distintas no exterior da área de reserva arqueológica, numa dimensão total de 160m2; A remoção manual e registo das Unidades Estratigráficas pela ordem inversa à sua deposição.
A presente campanha de escavações arqueológicas na Quinta do Almaraz, sítio arqueológico em Vias de Classificação como Imóvel de Interesse Público, foi levada a cabo no exterior da área de reserva arqueológica, embora no interior da Zona Especial de Protecção, actualmente em fase de Consulta Pública, respeitando as determinações das autorizações de Trabalhos Arqueológicos emanadas da DGPC. Os trabalhos resultaram na escavação de uma área total de 160m2, distribuídos por duas Áreas (Designadas sectores no decurso dos trabalhos) onde foram realizadas 13 sondagens de diferentes dimensões. As realidades exumadas apontam para a presença de uma pedreira que teria lavrado na Quinta do Almaraz entre a Idade Média e o Período Contemporâneo, época que se procederam a trabalhos de reposição de topografia para aproveitamento agrícola dos espaços. Esta pedreira terá afectado substancialmente o sítio arqueológico sidérico, numa dimensão actualmente impossível de determinar. De acordo com a documentação a extracção de pedra dar-se-ia em todas as vertentes do promontório, incluindo a vertente Norte e a pedra destinar-se-ia ao aproveitamento local e à exportação por via fluvial. Apesar da proximidade em relação ao sítio arqueológico, e de terem sido identificados materiais de cronologia sidérica, em diversas unidades estratigráficas exumadas, em conjunto com materiais de cronologia muito mais recente - Moderna/Contemporânea - não parece possível afirmar-se que o enchimento da antiga pedreira tenha sido realizado com sedimentos provenientes da(s) plataforma(s) do sitio arqueológico uma vez que o espólio coevo à bastante escasso por comparação quer com o espólio exumado nas intervenções da responsabilidade da Câmara Municipal de Almada, quer com o espólio visível à superfície do solo nas diversas plataformas que integram a Área da Reserva Arqueológica.
Luciana Paula Ribeiro de Jesus
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