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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2012
Relatório Aprovado
15/07/2012
12/08/2012
A intervenção no Sector Q visava dar continuidade à escavação das diferentes estruturas identificadas no ano transacto, nomeadamente as de cronologia Neolítica e a área onde apareciam deposições de restos humanos cremados. Nesse sector foi igualmente aberta uma segunda sondagem para confirmar a presença de duas linhas de fossos de pequenas dimensões pelo interior do Fosso 6. No Sector P procurou compreender-se a intercepção dos Fossos 7 e 8 e começar a sua sondagem, por forma a determinar a respectiva cronologia. Já a intervenção no Sector L, visava essencialmente concluir a remoção dos depósitos revolvidos numa área alargada e proceder à limpeza pormenorizada do topo do geológico, de modo a expor o topo dos fossos 1 e 2 na zona da entrada NE e outras estruturas adjacentes, procurando perceber se esta entrada teria uma estruturação semelhante às das portas SE e Oeste.
Os diferentes contextos intervencionados permitiram avançar no domínio da temporalidade do sítio e na determinação da complexidade das práticas funerárias que nele tiveram lugar, sobretudo no sector Q, e na definição estrutural da Porta NE. No Sector Q está agora confirmada a presença de duas linhas de pequenos fossos (Fossos 5 e 12) que se desenvolvem de forma paralela pelo interior do Fosso 6, sendo de cronologia igualmente atribuível ao Neolítico Final. Verifica-se, contudo, que o Fosso 12, único intervencionado nas duas sondagens realizadas neste sector, apresenta estratigrafias bem distintas nessas duas sondagens, sugerindo uma remodelação do seu uso inicial como possível infra-estrutura de paliçada, sendo colmatado na Sondagem 1 por sucessivas deposições estruturadas (com destaque para o depósito de ídolos almerienses na sua base. Foi igualmente possível registar a sequência de depósito que preenchem o Hipogeu 1, igualmente de cronologia neolítica e reforçar a possibilidade de ser uma estrutura com cúpula, ficando ainda por definir se teria entrada na cúpula ou lateral (aspecto a esclarecer em 2013). Ainda na Sondagem 1 do Sector Q, verificou-se que no Ambiente 1, sob os depósitos de restos humanos cremados em área aberta se encontra uma fossa (Fosso 40) a qual tem o seu topo preenchido igualmente por restos humanos cremados e incorporando peças votivas, algumas das quais igualmente queimadas. Estes contextos funerários correspondem a uma reutilização da área central em época Calcolítica, estando datados de meados / terceiro quartel do 3º milénio AC. No sector P foi possível confirmar a sobreposição de dois fossos, e registar que é o Fosso 7 que corta o Fosso 8. Este último pode ser atribuído ao Neolítico Final (com base na cultura material) enquanto que o Fosso 7 não tem ainda uma cronologia atribuída. Já no Sector L confirmou-se a grande complexidade da entrada NE, confirmando-se que apresenta estruturas semelhantes às visíveis na geofísica em outras entradas do recinto exterior. Verificaram-se vários momentos de abertura de estruturas, revelando uma actividade de remodelação sucessiva deste espaço, quer no que respeita aos fossos quer no que respeita a fossas. Não existem ainda dados que permitam sequênciar estas estruturas, aspecto que se espera começar a colmatar com a intervenção em profundidade em algumas delas a partir de 2013. A campanha de 2013 continuará a incidir nestes espaços, procurando esclarecer aspectos que ainda se mantêm lacunares, nomeadamente no que respeita à cronologia e relação entre as diferentes estruturas observadas.
António Carlos Neves de Valera
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