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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2011
PNTA/2011 - S. Gens: o vale e a sua população da Pré-História à Alta Idade Média
Relatório Aprovado
24/06/2011
16/12/2011
O inicio da intervenção arqueológica no sítio de S. Gens tinha como objetivo a obtenção de conhecimento científico e patrimonial deste extenso sítio, que parecia ter origem no período romano, e que teria sido abandonado na passagem do final da Alta Idade Média (séc. XI) e o inicio da Baixa Idade Média (séc. XII) provavelmente num momento em que a povoação de Celorico se estaria a formar e consolidar como terra. Assim e se numa primeira fase desta intervenção pretendíamos: a) Obter registos estratigráficos credíveis e capazes de formar seriações cronológicas das possíveis estruturas e materiais que viessem a surgir; b) Recolher elementos relacionados com as diversas fases de ocupação a que a área esteve sujeita; Com a 3ª campanha de trabalhos arqueológicos (2011) pretendíamos: a) Procurar compreender a planta geral do edifício e funcionalidades dos seus compartimentos; b) Enquadrar tipologicamente este habitat nos núcleos romanos de cariz rural (casal, granja, villa).
A habitação romana identificada no sector 9, apresenta-se assente sob uma plataforma sobranceira a planície elevada ao rio Mondego. O sítio arqueológico apresenta uma diferente potência estratigrafia nas diferentes áreas já intervencionadas: praticamente inexistente na área norte da habitação, com uma potência estratigráfica de cerca de 10 cm onde se localizam os compartimentos I e II; para na área sul e oeste da habitação a potência estratigráfica variar entre os 60 a 80 cm como se verificou com a escavação integral dos compartimentos IV, V, VI e VII. A nível da ocupação humana deste local, os vestígios arqueológicos identificados remetem-nos para uma ocupação humana durante o período romano, contudo, este local terá tido uma ocupação de vários séculos, abrangendo o Alto Império (sécs. I e II d.C.) e o Baixo-império (sécs. III e IV), provavelmente esta habitação após a sua construção terá permanecido nas mãos da mesma família durante várias gerações até ao momento do seu abandono. A intervenção arqueológica de 2011 permitiu escavar na íntegra diversos compartimentos, nomeadamente, os compartimentos I, II, III, IV, V, VI, VIII e XI, sendo que, o compartimento VII já havia sido escavado integralmente em campanhas anteriores. Quanto à classificação tipológica deste edifício romano, desconhece-se por enquanto no estado atual dos nossos conhecimentos qual a sua tipologia, no entanto, podemos apontar este edifício como uma possível Quinta ou até eventualmente uma Villa, face à área de construção já colocada a descoberto, abandonando-se deste modo a eventual classificação de Casal.
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António Carlos do Nascimento Marques e Catarina Maria dos Santos Guerra Tente
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