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Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Sondagem
2011
EIA - Subsistema de Pedrógão - Estação Elevatória e Circuito Hidráulico de Pedrógão
Relatório Aprovado
10/11/2011
17/11/2011
Salvaguardar o registo e o estudo dos vestígios arqueológicos; avaliar o impacto da execução do Circuito Hidráulico do Pedrogão nesta área e assim propor eventuais medidas complementares de mitigação.
A intervenção no Monte da Ordem 2 permitiu a escavação de seis estruturas em negativo escavadas no substrato rochoso e o registo de outras cinco, num total de 11 sondagens implantadas. No conjunto das estruturas escavadas, três delas correspondiam a "fossas" (Sondagens Nº1, Nº2, Nº4) de morfologia, dimensões e enchimentos semelhantes, caraterísticos de uma última utilização enquanto fossas de despejo/aterro, com muito material pétreo e cerâmico de construção, sedimentos heterogéneos e orgânicos com uma forte componente artefactual cerâmica, ferro, restos de escória, faunas, carvões e cinzas. A estrutura ovalada da Sondagem Nº3, que não foi totalmente intervencionada nem definidos os seus limites, apresenta uma sequência de enchimento muito semelhante às "fossas". Porém, teria tido uma funcionalidade diferenciada pela sua morfologia e pela sua dimensão. O estudo da sua continuidade física para lá da dos limites intervencionados, e os resultado da posterior escavação de um possível limite Noroeste da mesma, no outro lado da Estrada Nacional (Barradas no prelo), poderão trazer novos e importantes dados à sua compreensão. Uma das hipóteses possíveis prende-se precisamente com a transformação do ferro, fenómeno constante em todas as estruturas. Às sondagens Nº5, Nº6 e Nº9 correspondia ainda um momento diferenciado de utilização agrícola, que se crê, pelas evidências em campo e pelo conhecimento oral, de utilização contemporânea. As Sondagens Nº7, 8, 9, 10 e 11, dadas as suas localizações não foram realizadas, tendo-se constatado que parecem tratar-se de estruturas em negativo semelhantes às escavadas.No que diz respeito ao conjunto artefactual, é de salientar que a uniformidade do contexto cerâmico permitiu constatar a utilização sincronizada destas diferentes estruturas, com um predomínio de produções regionais e inter-regionais do Baixo Alentejo num período de transição Alto-Medieval marcado pela presença de novas formas e novos fabricos: potes, sertãs, pucarinhos, jarrinhos e panelas são as formas constantes deste conjunto. Com técnicas decorativas que passam pelo simples alisamento, engobes, aguadas ou decorações pintadas a branco. Registaram-se em menor número os vidrados transparentes e os vidrados melados acastanhados tal como algumas peças de prováveis importações andaluzes, de pastas cremes/amareladas pintadas no bordo com traços de óxido de ferro. Esta diversidade de formas e de decorações aponta para um período cronológico que vai desde o século X aos séculos XI/ XII. Se a ausência de produções de corda seca ou decorações a verde e manganés não nos permite uma maior segurança na afinação cronológica deste sítio, a presença de traços de pintura a branco, os vidrados melados (monocromos), e as produções em pastas brancas com decorações a óxido de ferro sugerem produções taifais centradas na primeira metade do XI (Catarino 1997/98:785). Considerando o potencial científico e patrimonial desta área, nomeadamente no que diz respeito ao seu interesse para o estudo do povoamento rural islâmico, sugere-se que futuros trabalhos que afetem o subsolo sejam acompanhados por trabalhos arqueológicos.
Margarida Maria Vaz Pinto Gaivão de Figueiredo
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