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Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Acompanhamento
2010
Trabalhos Arqueológicos na área de protecção da Villa Romana do Alto da Cidreira, Cascais
Relatório Aprovado
01/11/2010
30/11/2011
Minimizar os impacte sobre o património arqueológico decorrentes dos trabalhos de escavação: Prevenção, salvaguarda, registo e recolha de toda a informação arqueológica existente na área; Acompanhamento arqueológicos dos trabalhos; Descrição e registo da realidade arqueológica identificada; Tratamento , registo, limpeza, triagem, marcação, inventário, acondicionamento e embalamento do espólio eventualmente recolhido; Integração crono-cultural dos vestígios arqueológicos, através do estudo das realidades observadas e dos materiais exumados no decorrer da intervenção; Avaliação do potencial patrimonial do sítio, de forma a determinar as medidas mais apropriadas para protecção/minimização de impactes negativos.
Na sequência do projecto de construção de várias moradias num lote situado na ZP da villa romana do Alto da Cidreira procedeu-se ao acompanhamento de todos os trabalhos de escavação e revolvimento de solos. O acompanhamento da abertura da vala 1, 2 e 4 não revelou a presença de qualquer vestígio artefactual ou estrutural. Apenas se identificou à superfície, junto da vala 1, a parte proximal de uma lasca de sílex, que poderá estar relacionada com os vestígios da Pré-história recente registados nas proximidades. À superfície, foram também identificados dois bordos de cerâmica comum: saladeira e panela, enqudráveisem época moderna/contemporânea. A vala 3 segue paralela ao limite norte, tendo a sua abertura levado ao desmonte de um muro de pedra seca que servia como socalco, sustendo as terras que lhe adossavam do lado norte. Estes trabalhos levaram à identificação e registo de um conjunto de estruturas de época romana que segue o pendor da encosta (Norte/Sul), e que terão sido destruidas aquando da construção do muro de solcalco agora removido, bem como do caminho de pé posto que se desenvolve naquele local. Também na abertura da vala 3 foi identificada uma nascente de água, que juntamente com os elementos estruturais de condução e drenagem de água identifcados, fará parte de uma sistema mais complexo de aproveitamento e escoamento de água. A vala 5 levou à identificação de dois elementos estruturais. O muro corresponde à continuação da estrutura identificada aquando da intervenção de 2007, associado a escasso material de construção de época romana. Já o elemento estrutural corresponde a uma nova realidade, fazendo parte do derrube do muro divisório de propriedade de cronologia contemporânea, que se desenvolve a Sul. O acompanhamento da abertura das fundações das moradias a construir permitiu apenas o registo da continuação da estrutura de drenagem, de época contemporânea, identificada já na campanha de 2007. A abertura das piscinas não revelou a presença de qualquer elemento patrimonial, já que, dada a sensibilidade da área, nas proximidades da necrópole, se optou pela sua abertura/escavação sobre as áreas já intervencionadas em 2007 e sobre aterros, não se alcançando níveis arqueológicos. No sector Este do terreno registou-se um forno implantado no substrato geológico (arenito). Este forno seria muito possivelmente para produção cerâmica de construção, apresentando-se em bom estado de conservação. Alguns ajustes ao projecto de construção permitiram a sua preservação na integra in situ. Os dados obtidos permitiram complementar as informações recolhidas na campanha de 2007, sendo demonstrativos da grande sensibilidade e valor patrimonial da área em redor da villa romana do Alto da Cidreira.
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Nuno Miguel Gonçalves Neto, Paulo Miguel Afonso Rebelo e Raquel Marina Gonçalinho Carloto Santos
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