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Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Acompanhamento
2014
Trabalhos Arqueológicos na Travessa das Casas Pintadas - Évora
Relatório Aprovado
10/02/2014
28/03/2014
Os trabalhos arqueológicos tiveram como principal objectivo a aplicação de medidas de minimização do impacte da obra sobre o património arquitectónico e arqueológico e garantir a respectiva salvaguarda mediante registo científico adequado. A realização dos trabalhos arqueológicos teve também por objectivo a obtenção de dados complementares para a caracterização tipológica e cronológica do local intervencionado, de forma a detectar eventuais estruturas ou níveis arqueológicos, assim como efectuar a sua análise preliminar e avaliação.
A realização da intervenção arqueológica no Alpendre das Casas Pintadas revelou a existência de estruturas arqueológicas e de contextos de aterro neste local. O acompanhamento arqueológico incidiu inicialmente na remoção manual das camadas superiores dos pavimentos de tijoleira do terraço superior do Alpendre das Casas Pintadas, de modo a preservar o pavimento original que estava por baixo. Sob o pavimento de tijoleira quadrada actualmente existente (Piso A) registou-se a existência de um pavimento mais antigo (Piso B), constituído por tijoleira rectangular disposta em espiga. Este pavimento foi desmontado manualmente, evidenciando-se a existência de um pavimento ainda mais antigo (Piso C), que constitui o pavimento original e contemporâneo da construção do Alpendre das Casas Pintadas no séc. XVI. Este pavimento de tijoleira rectangular disposta em espiga, coincide com os canais em cerâmica existentes na fachada do claustro, que funcionavam como sistema de escoamento de águas pluviais deste terraço. Este pavimento cobria integralmente a área do terraço e manteve-se preservado. A sobreposição dos diversos pavimentos registados neste terraço pode indicar a execução de intervenções de obra anteriores, semelhantes ao projecto actual, com a finalidade de evitar a infiltração de águas pluviais sobre o claustro com pinturas a fresco. Os resultados obtidos com este trabalho nas escavações no solo evidenciaram a presença de diversas estruturas murais, como sendo os muros [101], [102] (na Sapata 1) e [205] (na Vala 1), que correspondem ao alicerce da parede Norte do edifício ou a construções já destruídas mas integradas no mesmo edifício construído no séc. XVI, já que dão continuidade à parede Este do Alpendre das Casas Pintadas. Registou-se ainda o muro [103], sobre o qual assenta o alicerce da parede Norte das Casas Pintadas, cuja constituição sólida poderá eventualmente corresponder a uma construção de época romana, embora não tenha sido possível confirmar este dado com a análise da estratigrafia e do escasso espólio existente. De referir também a existência da estrutura [204] na Vala 1, constituída por uma camada de argamassa sólida com nódulos de cerâmica fragmentada. Sendo um nível compacto e desnivelado, com contornos ovalados, consideramos que não se deve tratar de um pavimento, aparentando ser o topo de uma cobertura abobadada, de uma possível cisterna de cronologia indeterminada. Provavelmente associado a esta estrutura, encontra-se o muro [203], também de cronologia indeterminada. Não houve afectação de qualquer estrutura mural registada durante a execução da obra.
Ana Maria Duarte Santos Gonçalves
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