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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2014
Relatório Aprovado
14/07/2014
10/08/2014
Os trabalhos de 2015 decorreram nos sectores O, P, Q e L. A intervenção no sector O visiva confirmar a existência de uma entrada no Fosso 10 sugerida no magnetograma e sondar o fosso no sentido de obter uma primeira imagem sobre o seu preenchimento e espectro cronológico. A intervenção no Sector Q visava dar continuidade à escavação de diferentes estruturas em intervenção desde o ano transacto na Sondagem 1 e sondar o Fosso 5 nesta sondagem. Assim, procedeu-se a conclusão da escavação da escavação da fossa 40 (com deposições de restos de cremações humanas), a um conjunto de fossas localizadas na extremidade Oeste da sondagem, e deu-se continuidade à escavação de um conjunto de depósitos, enquanto que do lado Este se escavaram duas fossas junto ao Fosso 5 e se realizou uma secção neste fosso. No Sector P deu-se continuidade à escavação da secção no Fosso 7 iniciada em 2013. Já a intervenção no Sector L, visou genericamente continuar a caracterização da Porta 1. Para tal definiram-se
No Sector O confirmou-se a presença de um fosso, Fosso 10, e a existência de uma entrada, conforme era indiciado pela imagem de geofísica. Identificaram-se igualmente várias fossas pelo exterior dessa entrada, entre as quais uma (Fossa 50) que revela deposições intencionais de materiais de forte carga simbólica. No que respeita ao Sector P, pretendia-se terminar a secção já aberta no Fosso 7, de cronologia calcolítica. A sucessão de depósitos com deposições de pequenas pedras, cerâmica e fauna, e a complexidade estratigráfica do fosso, a que se adiciona o facto de cortar o Fosso 8 (neolítico) e a Fossa 47 (calcolítica) no ponto da secção, tornaram a escavação mais lenta e impediram que se terminasse a secção. Também esta será concluída em 2015. Foi possível, contudo, definir bem a parede constituída pelos depósitos de enchimento do fosso neolítico (e cortados pelo Fosso 7) assim como concluir a escavação da parte preservada da Fossa 47, a qual sendo prévia ao Fosso 7, é igualmente calcolítica. Relativamente ao Fosso 7 propriamente dito, para além de se identificarem vários depósitos horizontalizados com concentrações de pedras, faunas e cerâmicas, foi possível reconhecer dois momentos de ¿recutting¿ do seu enchimento, preenchidos por depósitos intercalados com aglomerados pétreos. Estes ¿recut-tings¿ têm igualmente uma cronologia calcolítica e evidenciam a complexidade e a multiplicidade de actividades a que estes fossos são sujeitos, mesmo depois de um preenchimento original. Quanto ao Sector Q, sondagem1, foi possível, no lado Este, sondar nesta área o Fosso 5, o qual confirmou a sua cronologia neolítica. Escavaram-se igualmente duas fossas (Fossas 48 e 49) da mesma cronologia, que velaram enchimentos pétreos e uma significativa quantidade de fauna e indústria lítica em quartzo. Concluiu-se a escavação da Fossa 40, contexto funerário de deposição de restos de cremações humanas. Foi possível verificar uma complexa sequência estratigráfica, na qual, em determinado momento, nos depósitos de cremações foi aberta uma depressão onde se depositaram restos humanos em conexão não queimados aos que se sobrepuseram novos depósitos de cremações. Trata-se de um autêntico sepulcro em fossa, com dois buracos de poste centrais que revelam a presença de uma estrutura de cobertura. No lado Oeste desta sondagem, foi escavada uma área de grande complexidade estratigráfica. Escavaram-se duas fossas, Fossa 54, mais antiga, e Fossa 45, mais recente e que corta a anterior, ambas de cronologia calcolítica. O topo destas fossas havia sido cortado por um corte de aplanamento do geológico, para implantação do que poderá corresponder a uma infra-estrutura de cabana. Posteriormente, observou-se um enchimento desta área de aplanamento por vários depósitos de ocupação, num dos quais se registou uma lareira. Finalmente, estes depósitos foram cortados por uma outra fossa (Fossa 44). Todas as estruturas e depósitos intervencionados apresentam uma cronologia calcolítica. Finalmente, no Sector L foi possível evidenciar a grande complexidade de que se reveste a Porta 1 e a intensa acti-vidade construtiva que se realizou naquele espaço, mesmo depois do Fosso 1 estar completamente preenchido. Confirmou-se ainda a presença de uma ocupação medieval/moderna naquela zona da Herdade dos Perdigões.
António Carlos Neves de Valera
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