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Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Sondagem
2014
Trabalhos arqueológicos no Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel, Sesimbra
Relatório Aprovado
23/12/2014
16/04/2015
A acção do Acompanhamento Arqueológico de Obra teve como objectivo assegurar que todas as realidades arqueológicas presentes fossem identificadas atempadamente, procedendo-se, de acordo com o seu valor patrimonial e científico, ao seu registo (no caso de unidades sedimentares), à sua preservação (no caso de Unidades estruturais não afectadas de acordo com o Projecto de Arquitectura) ou à sua escavação com recurso a metodologia mais apropriada em contexto de escavação arqueológica. As sondagens arqueológicas realizadas tiveram como objectivo, avaliar atempadamente o potencial arqueológico das áreas onde as intervenções, no âmbito da obra, teriam um impacte mais severo, quer ao nível da profundidade da escavação, quer ao nível da intervenção parietal. Tiveram igualmente o objectivo de responder a algumas questões previamente levantadas sobre a evolução histórica do espaço.
A Horta dos peregrinos do Cabo Espichel constitui um recinto murado associado ao conjunto hidráulico composto pela Casa da Água e aqueduto, responsável pela condução da água que abastecia o recinto do Santuário, desde a Aldeia da Azoia. Datado de 1771, o recinto murado tinha uma dupla função de abastecer o santuário com vegetais e frutas frescas constituindo, paralelamente um espaço de lazer privilegiado, fundamentalmente durante as diversas festas religiosas conduzidas pelas freguesias que se deslocavam ao santuário em peregrinação anual. Antes da construção da Casa da Água e Aqueduto, o fornecimento de água ao espaço era apenas garantido por dois poços circulares sendo o menor, localizado a Sul do caminho de acesso ao santuário, mais antigo, uma vez que o maior, localizado a sul do espaço murado data dos inícios do século XVIII. O espaço interior da Horta foi alterado ao longo da sua diacronia histórica de acordo com as vontades e necessidades dos responsáveis pela festa religiosa que assumiu sempre uma matriz popular. Nestas condições o espaço original, mais organizado, foi sendo alterado com a adição de estruturas e a alteração de usos, os quais deixaram as suas marcas no registo arqueológico sedimentar e parietal.
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José Manuel Martins Van Zeller de Macedo e Luciana Paula Ribeiro de Jesus
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