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Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2015
Relatório Aprovado
15/06/2015
04/12/2015
Proceder-se ao registo gráfico/fotográfico/descritivo, dos contextos por intrervencionar, assim como à sua avaliação patrimonial.
No estado presente dos conhecimentos, sustentados nos dados obtidos nestes trabalhos arqueológicos, é possível aferir que, quando ocorre o terramoto de 1755, o palácio dos Condes de Tentúgal já existia. Esta observação entra em consonância com o que Ferreira de Andrade (1948:76-77) afirma: a sua existência antes do século XVI. A esta fase corresponderão as estruturas [104] da sondagem 1, [204] da sondagem 2, [327] e [328] da sondagem 3 e [710] da sondagem 7, todas correspondem a alicerces. Ainda antes do terramoto de 1755, mais precisamente no século XVII, este edifício foi alvo de remodelações, nomeadamente a construção do muro de tardoz, que possuía uma arcada, muros (tendo como por exemplo os que foram identificados na sondagem 5) que compartimentaram a área Serão também deste momento os pisos em argamassa de cor vermelha. Esta interpretação encontra paralelo na literatura, Francisco de Andrade (1948:80), onde refere que edifício foi alvo de obras de reabilitação no século XVII. O edifício terá sofrido danos, decorrentes do sismo de 1755. As consequências do abalo não resultaram na destruição total do edifício, mas o suficiente para necessitar de obras de reabilitação. A este momento, corresponderá ao emparedamento das portas da parede Oeste e a reconstrução da parede Norte (localizadas na área B). Importa referir que a parede Norte apresentava arcos; a função destes seria de sustentação da fachada do edifico. São ainda enquadráveis neste momento os pisos em tijoleira e em calçada constituída por seixos de basalto. Esta diferenciação de pisos/pavimentos permite-nos colocar a hipótese que essas áreas teriam usos distintos, podendo corresponder a zonas cobertas (piso em tijoleira) e outras descobertas calçada em basalto). Mais uma vez, esta interpretação possui reflexo na literatura, Francisco de Andrade (1948:80) refere que o sismo de 1755 danificou o palácio, mas os danos não foram os suficientes para o tornar inabitável, tendo sobrado cerca 200m2. Apesar deste autor não referir a execução de obras para a sua recuperação, parece-nos plausível que tenham existido. Segundo os dados obtidos nestes trabalhos arqueológicos, entre o final do período moderno e durante o período contemporâneo terá sido construída uma estrutura hidráulica, identificada na entrada do edifício, uma cisterna e respetivo sistema de abastecimento e uma forja/estrutura de combustão (no logradouro). No que diz respeito à forja/estrutura de combustão, importa ainda mencionar que esta terá sido aproveitada/modificada com uma finalidade desconhecida já no século XX, uma vez que em algumas partes apresentava cerâmica de construção e cimento. A finalizar importa referir que foram identificadas estruturas e infraestruturas (localizadas sobretudo no logradouro) cronologicamente enquadráveis no século XX, que corresponderão ao momento em que este palácio é transformado em laboratório, como refere Francisco de Andrade (1948).
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Filipe Alexandre Santos Oliveira, Luís Alexandre Sarrazola da Silva Barata e Nelson Daniel Broa Cabaço
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