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Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Acompanhamento
2016
Relatório Aprovado
03/05/2016
17/01/2017
O principal objectivo deste trabalho seria a minimização de impactes negativos que a obra pudesse provocar em eventuais vestígios arqueológicos ou arquitectónicos, procedendo-se assim à sua salvaguarda pelo registo e elaborando-se, em suma, um Relatório Técnico Final com os resultados dos trabalhos arqueológicos Pretendia-se também avaliar o eventual potencial arqueológico e patrimonial do sítio a afetar, reunindo dados que permitissem sustentar decisões futuras que visem compatibilizar projectos de obra com as necessidades legais de preservação do património.
Num projeto de alteração e conservação de edifício que se previa muito pouco intrusivo ao nível do subsolo, devido a alterações feitas durante o decorrer da obra, efetuou-se no nº54 uma descida das cotas de circulação que se traduziu numa afetação substancial do subsolo e que levou à identificação de aterros Modernos e de contextos arqueológicos preservados. Assim, na zona tardoz desta fração, um pouco abaixo da cota de circulação, foi identificada a pedra de fecho de um arco de volta inteira integrado na parede Sul do edifício. Este veio a revelar-se ser de uma porta que serviria um espaço de circulação lajeado existente a cerca de 2,20m abaixo do pavimento atual. Ainda que não tenha sido possível aferir a cronologia de edificação deste conjunto arquitetónico, pensamos tratarem-se de estruturas construídas em época medieval que, por razões que não foram possíveis discernir através do registo arqueológico, foram abandonadas no século XVI. Após essa data e nos séculos seguintes, o espaço foi sofrendo alterações, muito provavelmente relacionadas com o fracionamento e com as partilhas destas parcelas urbanas, que se foram traduzindo em aterros sucessivos que culminaram com a subida de cota em mais de 2 metros e com a adscrição desta área a um pátio interior, agora também em desuso devido à construção de estruturas bastardas já em época contemporânea. Também no nº58A as alterações ao projeto efetuadas durante a obra levaram a que houvesse uma maior afetação do subsolo, neste caso com a abertura de 4 sapatas junto das paredes Sul e Este. Assim, foi possível verificar que a cerca de 60cm do piso atual, a estratigrafia observada remete para uma cronologia em torno do período medieval, ao contrário do que se verificou no nº54, em que os aterros são todos de época moderna. Assim, ainda que nos nº56 e 58 não se tenham efetuado quaisquer trabalhos ao nível do subsolo que o possam comprovar, pensamos que algures terá de haver um corte na estratigrafia, no qual se terão construído os compartimentos subterrâneos, sem afetar os depósitos verosimilmente medievais identificados durante a abertura das sapatas mencionadas.
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Helena Marina Pereira Santos e Marco António Antunes Liberato
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