Sondagem (2016)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    36977

  • Tipo

    Sondagem

  • Ano do trabalho

    2016

  • Projeto

    Trabalhos arqueológicos na Rua e Largo do Terreiro do Trigo, Lisboa

  • Estado

    Relatório Aprovado

  • Data de Início

    -

  • Data de Fim

    -

  • Objetivos

    Recuperação das evidências relacionadas com as antigas Alcaçarias do Duque de modo a que as mesmas fossem integradas no projeto do reabilitação do imóvel.

  • Resultados

    A multiplicação de intervenções arqueológicas na cidade de Lisboa, nos últimos anos, permite uma nova perspetiva sobre o espaço de Alfama, marcado, sobretudo, pela abundância de águas, algumas com temperaturas entre 24º e 34º C , às quais foram atribuídas propriedades terapêuticas. O edifício a reabilitar localiza-se sobre as antigas Alcaçarias do Duque de Bragança, um estabelecimento de banhos público que utilizava este recurso natural. As Alcaçarias do Duque, por sua vez, instalaram-se no local onde Vieira da Silva localiza a torre que está junto do Postigo do Lavatorio de Alfama, uma torre oca dentro da qual estaria uma casa de água. O aproveitamento das virtudes terapêuticas destas águas parece dever-se a um mercador veneziano, de nome Francesco Estudenduli, e remonta a 1640. O seu conjunto terá sido reformulado pelo 1º Duque de Cadaval em 1716. O local em apreciação foi alvo de uma intervenção realizada em duas fases distintas, a primeira das quais consistiu na realização de duas sondagens parietais e duas de solo. Na fase seguinte, todo o espaço foi intervencionado. Foram identificadas três momentos ocupacionais. O mais recuado remete para a renovação das Alcaçarias do Duque, realizada em 1864, ao qual se segue uma remodelação do espaço, efectuada nos anos 20/30 do século XX. Finalmente, a instalação de uma instituição bancária condenou as estruturas balneares. Das alcaçarias foram registadas três áreas funcionais, respectivamente uma área de captação e armazenamento de água, quinze pequenos compartimentos individualizados com banheiras em mármore, ovaladas, e um espaço de vestíbulo. Algumas banheiras preservam um pequeno banco no mesmo material. Foi ainda possível, identificar parte das infraestruturas de abastecimento e drenagem ligadas ao complexo balnear. Escavaram-se, também, um conjunto de quatro tanques revestidos a cimento que deverão enquadrar-se numa renovação das estruturas efectuada na década de 1920. O piso era em lajes calcárias brancas e azuladas dispostas em xadrez, excepto nos cubículos a poente, onde foram utilizadas placas de mármore e lioz. Dada a quantidade de fragmentos de azulejos brancos recolhidos, seria possível que os compartimentos das banheiras fossem revestidos com este material. As sondagens parietais não revelaram indícios da Cerca Fernandina. No entanto, não é descartada a possibilidade de esta subsistir. A. Vale, 11.05.2018

  • Responsável

    Filipe João Carvalho dos Santos

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)


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