Escavação (2017)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    25208

  • Tipo

    Escavação

  • Ano do trabalho

    2017

  • Projeto

    PIPA/2015 - Povoamento do 5º ao 1º milénio a.C. entre o Tejo e o Zêzere na actual Beira Baixa - Mesopotamos

  • Estado

    Relatório Aprovado

  • Data de Início

    17/07/2017

  • Data de Fim

    13/08/2017

  • Objetivos

    Continuar a escavação desta sepultura megalítica, iniciada em 2013, agora no âmbito do PIPA Mesopotamos, visando contribuir para a caracterização das arquitecturas e dos rituais funerários da Pré-História recente na região da Beira Baixa. Além desse objectivo, pretende-se prevenir os efeitos negativos de eventuais acções danosas que possam ocorrer em consequência do aumento da carga humana sobre este sítio, em consequência da sua integração no percurso pedestre PR1 PN História na Paisagem, e qualificar as suas condições de visita.

  • Resultados

    Em 2017, os trabalhos de escavação tiveram desenvolvimento nos sectores 2 e 9, em continuidade com trabalhos executados em anos precedentes, e foram iniciadas decapagens em dois novos sectores (10 e 11), correspondentes a sanjas radiais que completam os cortes diagonais iniciados pela sanja do sector 2 e pela sanja composta dos sectores 1 e 5. No sector 2 os trabalhos foram executados em dois subsectores, o subsector sanja e o subsector corredor. No subsector sanja fez-se o desmonte total da couraça pétrea e da estrutura de contenção periférica expostas em anos anteriores em 12 m2 de área até à periferia da mamoa. Calculou-se uma estimativa quantitativa de peso total associado aos clastos removidos, com vista a uma futura discussão de aspectos relacionados com o esforço construtivo aplicado ao monumento e suas possíveis implicações ou significados sociais. Com menor desenvolvimento, foram executados trabalhos de escavação em área no subsector corredor, incluindo uma escavação em profundidade adjacente à Pedra de Fecho situada entre a câmara e o que supomos ser o andamento do corredor. No decurso desta curta campanha não se atingiram quaisquer subestruturas indicativas da presença do corredor (esteios, tampas, contrafortes), além do grande bloco tabular exposto no final da campanha de 2016, na extremidade leste deste subsector. No sector 9 procedeu-se à remoção, com grua, do esteio 3 que tombara para o interior da câmara a partir da sua fractura, acidental ou intencional, acima da base, evento que poderá estar associado à ampla cratera aberta na adjacência sul da câmara. Os trabalhos prosseguiram antes e depois do saque deste esteio com a escavação dos depósitos, de progressivo entulhamento do interior da câmara, sem se ter atingido o seu fundo nem deposições funerárias e tão pouco artefactos rituais. A remoção deste esteio proporcionou uma observação da face que estava tombada e selada sobre o enchimento interno tendo relevado pintura cujo estudo, em pareceria com os professores Primitiva Bueno e Rodrigo de Balbín, irá prosseguir. Os trabalhos de decapagem no sector 10 tiveram desenvolvimento até à exposição de uma couraça pétrea densa, constituída maioritariamente por calhaus e blocos, em toda a extensão da área abrangida à excepção das quadrículas periféricas que corresponderão à estrutura de contenção periférica. Esta subestrutura é comparável com as que foram evidenciadas nas sanjas radiais abertas em campanhas precedentes no sector 2 e no alinhamento dos sectores 1 e 5. Os trabalhos na sanja 11 tiveram desenvolvimento marginal, tendo servido principalmente para ocupar a equipa evitando a sua paragem com a finalização dos trabalhos noutros sectores, e corresponderam apenas à remoção da camada de solo superficial.

  • Responsável

    João Carlos Pires Caninas

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)