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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2009
Relatório Aprovado
01/09/2009
30/06/2010
Este trabalho pretende contribuir para o alargar o conhecimento sobre os ecocontextos e práticas funerárias da pré-história recente no norte de Portugal. Tal será efetuado com base no estudo de quatro monumentos sob tumuli localizados em Vale Chão, na serra do Carvalho, freguesia de Pedralva. Partindo de trabalhos de prospeção, de antigas escavações e de escavações arqueológicas realizadas no âmbito deste trabalho pretendemos conhecer a biografia deste núcleo de tumuli e aprofundar um pouco mais o modo, como no pasaado, os vivos encaravam a morte e a materializavam através da construção de estruturas funerárias.
Os trabalhos arqueológicos efetuados em Vale de Chão 1, possibilitaram a descoberta de um monumento funerário, possivelmente construído durante o Bronze Inícial, de planta sensivelmente circular e com cerca de 7m de diâmetro e menos de 1m de altura máxima. O tumulus foi construido por sedimentos, por vezes, pouco espessos que assentavam diretamente sobre a arena granítica. O seu topo foi coberto por uma couraça lítica constituída por calhaus e blocos de granito e calhaus de quartzo leitoso. A área central, parcialmente violada, não apresentava qualquer tipo de estrutura pétrea ou em negativo, ao nível das camadas preservadas. Apesar de não termos analizado os carvões vegetais e de não sabermos se são provenientes de pequenos ramos ou troncos, aceitamos a data de radiocarbono de 1976 - 1749 (94.4%) para a construção de Vale de Chão 1. Posteriormente, já durante o Bronze médio, entre os fins do séc XVI e os inícios do séc. XIV ac, o monumento terá sido reutilizado. No setor noroeste do tumulo foi aberta uma estrutura sub rectangular de 1,80m de comprimento por 0,40m de largura e 0,52 de profundidade máxima. Pela sua forma e dimensões, esta estrutura assemelha-se a uma sepultura plana, relativamente abundantes no norte de Portugal. A reutilização de um monumento sob tumulus do Bronze Inicial, durante o Bronze Médio ou mesmo inícios do Bronze Final, é uma prática para a qual não conhecemos paralelos no noroeste Português, embora em outeiro de Gregos 1, do Bronze Inicial tenha sido anexada uma estrura do bronze Médio.
Luciano Miguel Matos Vilas Boas
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