Prospeção (2019)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    4656

  • Tipo

    Prospeção

  • Ano do trabalho

    2019

  • Projeto

    PIPA/2019 - Povoamento em Oliveira de Azeméis 2

  • Estado

    Relatório Aprovado

  • Data de Início

    -

  • Data de Fim

    -

  • Objetivos

    -

  • Resultados

    Desconhecendo-se a data de construção do primitivo templo sabe-se que em 1246 era Martim Esteves o abade da paróquia. Esse edifício ter-se-á mantido em uso até ao terramoto de 1755, que ainda que não tenha causado danos visíveis no imediato no edifício, terá contribuído para a decisão de proceder à sua demolição em 1770. No mesmo local foi construído o templo ainda hoje existente, cuja edificação terminou em 1790. De planta retangular, apresenta características arquitetónicas de transição do barroco para o neoclássico. Possui três janelões retangulares e portas laterais, bem como uma torre na extremidade direita da fachada. Por cima da porta principal apresenta um nicho com a imagem da virgem. Durante as obras de construção do atual edifício foram encontrados nos alicerces do edifício antigo três peças datáveis do período romano. Um miliário, um fragmento de miliário, aparentemente anepígrafo, e um términus augustal. O miliário foi transportado para os Paços do Concelho, encontrando-se atualmente em frente à Igreja de São Miguel (Oliveira de Azeméis), enquanto o miliário anepígrafo se mantém na residência paroquial de Ul. O Términus augustal, que se mantém na parede exterior da sacristia, apresenta a seguinte inscrição: ARE AVGVSTO TRIBVNI XXVII COS XIII PATER RMINVS AVGVSTALIS [Imp(eratore) Caes]are Augusto, tribuni / [cia pot(estate)] XXVII, co(n)sul(e) XIII, Pater (sic) / [Patriae. Te]rminus Augustalis. A inscrição dataria dos anos 4/5 d.C. e estaria associada à reorganização administrativa da Lusitânia promovida por Agripa, alguns anos antes, e faria a separação entre os territórios dos Túrdulos e dos Talabrigenses. Apesar de não existirem referências explícitas na bibliografia consultada, não será de excluir a existência de enterramentos no interior da igreja e sua envolvente, tendo em conta que foi edificada no mesmo espaço onde se situava a igreja medieval.

  • Responsável

    João Tiago Rodrigues de Almeida Tavares

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)