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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Sondagem
2020
Relatório Aprovado
06/04/2020
10/06/2020
a) Obter registos estratigráficos credíveis e capazes de formar seriações cronológicas das possíveis estruturas e materiais que viessem a surgir; b) Recolher elementos relacionados com as diversas fases de ocupação a que a área esteve sujeita; c) Identificar estruturas ou materiais arqueológicos que pudessem surgir no decorrer dos trabalhos, prevenindo, deste modo, a sua destruição; d) Na eventualidade de surgirem materiais ou estruturas, proceder-se ao seu estudo e possível integração no projecto de arquitectura proposto; e) Comprovar a amplitude do impacte causado ao nível do solo pelas obras anteriores. f) Identificar e recolher possíveis elementos arquitectónicos/arqueológicos reaproveitados na construção. g) Propor medidas de minimização que promovam a compatibilização do projecto de arquitectura com a preservação de bens arqueológicos/arquitectónicos que possam vir a ser identificados.
A intervenção arqueológica desenvolvida permitiu as seguintes conclusões: Relativamente à análise da fachada principal (Rua dos Tiros), consideramos que o pano poente da fachada apresenta 2 portais com vãos biselados, o que nos permite datar este edifício do século XVI/XVII, correspondente à fase mais antiga do edifício; o lado poente do conjunto, apresentaria dois portais biselados, o mais estreito de acesso ao piso superior, e o mais lago de acesso ao piso. O segundo vão, o mais estreito, encontra-se entaipado, acção que terá ocorrido, possivelmente, no século XIX, período em que é construída a área nascente da fachada. Já o 5º portal, localizado na área mais a nascente da fachada, apresenta um aparelho de tipologia simples e terá sido aberto no século XIX dando acesso ao compartimento 3. Consideramos assim que a fachada apresenta três períodos construtivos, de épocas distintas: 1- O edifício original, que recua ao século XVI/XVII corresponde à área poente da fachada. A fachada deste imóvel apresenta pedras aparelhadas nos vãos e pedra miúda como enchimento, envolta por uma argamassa de coloração amarela; 2- No século XVIII é construído um novo edifício, a nascente do primeiro, marcado também ele por dois vãos, ambos portais largos. A área a nascente desta fachada deveria dar acesso a uma área de exterior, marcado pelo pavimento que detectámos no compartimento 2. Apresenta silhares na construção dos vãos, com pedras de pequenas dimensões no pano murário, reaproveitando alguns silhares decorados com bisel, envoltas por uma argamassa de coloração esbranquiçada. 3- No século XIX/XX é construída a continuidade da fachada para nascente, com a construção de um novo vão. Esta construção é marcada pela utilização de pedras de pequena dimensão, e escassas de média dimensão aparelhadas, envoltas numa argamassa de coloração branca misturada com material de cobertura muito fragmentado. Esta argamassa surge também no entaipamento do segundo vão do edifício mais antigo. Salientamos que na fachada existem três silhares correspondentes a arranques de arcos, possivelmente reaproveitamentos de um edifício de cronologia mais recuada. Foi ainda possível identificar um piso constituído por pedras de diferentes dimensões (empedrado) que deveria ser o piso original do edifício. Este já se encontrava bastante destruído em algumas áreas, denotando as intervenções que este imóvel foi sofrendo ao longo dos tempos.
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António Carlos do Nascimento Marques, Filipe Alves Pina, Maria Alcina Cameijo e Vítor Manuel Fernandes Pereira
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