Sondagem (2018/2020)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    2485

  • Tipo

    Sondagem

  • Ano do trabalho

    2018/2020

  • Projeto

    Requalificação da Torre de Almofala, Figueira de Castelo Rodrigo

  • Estado

    Relatório Aprovado

  • Data de Início

    27/03/2018

  • Data de Fim

    22/01/2020

  • Objetivos

    Os trabalhos arqueológicos da zona em questão pretenderam garantir a avaliação patrimonial do subsolo afeto ao projeto de regeneração, requalificação e preservação da Torre de Almofala e o constante acompanhamento arqueológico à empreitada de execução do mesmo.

  • Resultados

    Em termos gerais, a intervenção arqueológica desenvolvida na área correspondente ao futuro edifício do Centro de Interpretação da Torre de Almofala, do parque de estacionamento, mini-ETAR e dos pontos de apoio dos dois passadiços, permitiu-nos confirmar a presença de contextos arqueológicos preservados. Através das intervenções arqueológicas efetuadas ao longo dos anos e da documentação existente, depreende-se que o local primeiramente ocupado por uma cidade romana, a Civitas Cobelcorum, serviu na Idade Média como abrigo para os frades cistercienses de Santa Maria de Aguiar e, posteriormente, para a criação de um núcleo habitacional denominado Aldeia da Torre dos Frades. Esta foi abandonada por volta de 1642, no contexto da Guerra da Restauração quando tropas espanholas invadiram o lugar. Todos estes acontecimentos deixaram marcas no sítio arqueológico, com particular destaque para o edifício da torre, onde ainda podemos observar o podium do templo da cidade romana, em granito; a sua transformação para abrigo dos frades cistercienses, no século XVI, com o recuo da fachada este, a abertura de vãos de janelas, a escadaria de acesso ao Piso 2 e o emparedamento de um óculo/nicho, em data imprecisa; e como palco da Guerra da Restauração, com o possível testemunho dos orifícios deixados pelo impacto de pequenos projéteis. Nesta fase, e tendo em conta que se trata de uma primeira abordagem, devendo, num futuro próximo, ser aferida por investigadores especializados nos diferentes períodos cronológicos aqui identificados, podemos adiantar que as estruturas colocadas a descoberto nas sondagens arqueológicas efetuadas no espaço de implantação do Centro de Interpretação, juntamente com os depósitos sedimentares, levam-nos a colocar a hipótese desta área ter sido abandonada ou possuir menor atividade a partir do século VIII, mas salvaguarde-se que, conforme o supramencionado, esta hipótese carece ainda de uma análise mais aprofundada dos dados recolhidos na intervenção arqueológica.

  • Responsável

    Nádia Vanessa de Peres Carvalho Figueira

  • Co-Responsáveis

    -

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)