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Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Prospeção
2019
Relatório Aprovado
01/04/2019
30/04/2019
1 - Caracterizar o património arqueológico, arquitectónico e etnográfico da freguesia de Proença-a-Velha através de recurso a pesquisa bibliográfica, da consulta a entidades públicas e privadas e de prospecção arqueológica; 2 - Contribuir, com o conhecimento obtido, para as Comemorações dos 800 Anos do Foral de Proença-a-Velha (Abril de 2018 - Abril 2019).
Listada no relatório como Senhora da Granja V - Capela de planta rectangular e telhado de duas águas. É constituída por nave e capela-mor. Na frontaria, além da entrada principal, constituída por um arco de granito de volta completa, existe um pequeno nicho vazio e duas pequenas frestas, uma em cada lado do nicho. Ainda na frontaria, sobre o telhado, existe uma cruz latina. Ao lado da fresta sul encontra-se cravada na parede uma pequena inscrição. Na fachada sul existe uma outra entrada em forma de arco de volta completa, biselado e em granito. Na face biselada, em todo o perímetro do arco, observam-se 16 semiesferas. Na área da capela-mor existe uma janela que se desenvolve em altura. Sob esta janela, incrustada na parede, observa-se uma mó circular, em granito (possível dormente). Na face voltada a este, na retaguarda da capela, existem dois contrafortes em alvenaria de granito que apoiam as esquinas da capela-mor, um poial ao longo de toda a largura, uma inscrição romana e o corte de uma construção baixa (sacristia), adossada à capela pelo lado norte, com a respectiva porta de acesso. Na face norte destaca-se apenas um bloco paralelepipédico de granito, incrustado e decorado com tríscele e o volume da sacristia, cuja entrada se observa pelo lado este. Toda a estrutura da capela assenta sobre uma outra, mais antiga e provavelmente de paredes mais largas, observável nas faces sul, este e norte do recinto religioso. A capela é enquadrada pela antiga casa do eremitão, recuperada recentemente, e ruínas de outros edifícios, pelo lado sul. No lado este existem dois muros convergentes que limitam o recinto. O muro do lado sul termina num cruzeiro que assenta numa base epigrafada de difícil leitura. A capela da Senhora da Granja foi identificada como sítio de importância arqueológica nos últimos anos da década de 70, do século passado, quando alguns elementos do Núcleo Regional de Investigação Arqueológica (Francisco Henriques, Manuel Leitão, José Henriques) visitaram a esta área por recomendação do sr. António Manuel Pina da Costa. Na ocasião foi identificada uma estação de superfície datada da época romana, materializada por grande quantidade de cerâmica de construção, com destaque para tégulas, quase completas. Paralelamente, foram observadas cinco inscrições, da mesma época, parte das quais vieram a ser recolhidas, posteriormente, por elementos do Centro de Estudos Epigráficos da Beira. Em 1988, Rogério Pires de Carvalho pretendeu "averiguar a antiguidade da igreja e confirmar se remonta à época romana" e realizou sondagens arqueológicas tendo concluído "que a construção sacra existente é constituída por um edifício de uma só nave, com altar-mor orientado para nascente. Para além da descrição arquitectónica do edifício, verificou-se que o actual edifício assenta, de forma evidente, sobre alicerces do anterior; foram deixados em evidência duas inscrições romanas e uma mó e no adro, a par de vestígios de muros, encontraram-se sepulturas escavadas na rocha, uma delas aparentemente in situ. Da visita efectuada, ficou claro que o edifício se encontra instalado sobre um espaço romanizado". Dez anos depois, em 1998, integrou relatório de inventário de projecto de investigação (Henriques et al., 1999). Foi publicado o estudo de fragmento de ara dedicada a MATERNVS (Leitão, 1985) e ara dedicada a Júpiter Óptimo Máximo (Garcia, 1991), ambas daqui originárias. A primeira está na posse de um particular e a segunda integra o acervo do Museu Francisco Tavares de Proença Júnior, em Castelo Branco. Anos mais tarde, são publicadas (Curado, 2008: 129 -131) as epígrafes embutidas na parede da capela, na frontaria, um presumível fuste de ara com o texto CABVR / IA CAT/VRONI / A DEIBA, e na parede traseira um fragmento de estela funerária, com o texto [¿/¿/¿/¿ST]ATVERV / NT . TANGI / NVS. ELARC / I . FECIT. Nas proximidades foram identificados outros elementos arquitetónicos, listados como Senhora da Granja I, II e III.
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Francisco José Ribeiro Henriques e João Carlos Pires Caninas
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